Sem citar a exposição diretamente, Kalil deu a entender que a decisão final sobre a possível vinda da 'Queermuseu' para BH será dele. Segundo a assessoria da Fundação Municipal de Cultura, Kalil teria inclusive ligado para o secretário municipal de Cultura, Juca Ferreira, para tratar do assunto. Na terça-feira (12/9), Juca confirmou ao Estado de Minas que via "com bons olhos" a possibilidade da vinda da exposição para BH, dizendo que houve o contato com um amigo do curador, mas reforçando que era preciso avaliar as possibilidades para a vinda da mostra.
"Custa dinheiro trazer uma mostra desse porte para a cidade. Precisamos de um investidor, de patrocínio e de estudar um espaço cultural viável para abrigar a exposição", afirmou o secretário.
De qualquer forma, a assessoria de imprensa do Santander Cultural já descartou a hipótese de a mostra "Queermuseu" vir para Belo Horizonte com o patrocínio do banco. De acordo com a assessoria, a exposição foi fechada por conta dos protestos e não há nenhuma possibilidade de reabertura, a não ser que o curador encontre outro patrocinador.
Aberta em Porto Algre, a mostra contava com mais de 270 obras, que exploram a diversidade dos gêneros, e estava prevista para ir até 8 de outubro no Santander Cultural, mas foi fechada no domingo, 10, depois de protestos de grupos religiosos, conservadores e do MBL (Movimento Brasil Livre). Na segunda-feira, 11, o Banco Santander comunicou que irá devolver à Receita Federal os R$ 800 mil captados via Lei Rouanet para a realização da exposição. Entenda a polêmica.
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