Transitando entre várias linguagens – pop surrealista, expressionismo futurista e steampunk –, a mineira tem duas décadas de trajetória nas artes visuais. Participou de exposições individuais e coletivas na França, Suíça e na Holanda. Recentemente, apresentou suas telas em Pequim, na China.
“Minhas obras são antropofágicas, muito orgânicas. Trabalho muito as formas e as texturas”, diz. “A arte tem como função quebrar os paradigmas. É um instrumento de combate aos clichês”. Patrícia Calmon afirma que sua pintura reflete as diferentes violências a que as pessoas estão submetidas nas grandes cidades.
Nessas telas, a artista também busca a transcendência – influência de textos budistas e hinduístas que ela admira.
JEQUITINHONHA Patrícia Calmon divide o espaço da Casa dos Contos com a gravadora e pintora Gilda Queiroz, cujo trabalho retrata a mulher do Vale do Jequitinhonha.
Nascida em Rubim, Gilda conta que sua inspiração veio da avó, Maria Fortunata de Jesus. “Ela era muito corajosa, morreu aos 100 anos. Procuro mostrar amizades, afetos e o companheirismo das mulheres do Vale”, diz.
A artista foi premiada n’Os Notáveis, evento que tem o objetivo de contar a história da comunidade brasileira nos Estados Unidos. A mostra foi realizada no último dia 10, na Casa do Brasil, em Nova York. A pintora Yara Tupynambá também recebeu o prêmio.
A exposição na Casa dos Contos reúne 10 pinturas de Patrícia Calmon e 10 quadros e gravuras de Gilda Queiroz. “Apesar de sermos contemporâneas, não nos conhecíamos. Essa mostra foi uma oportunidade para a gente se aproximar”, conclui Patrícia.
PATRÍCIA CALMON E GILDA QUEIROZ
Pintura e gravura. Casa dos Contos.
Rua Rio Grande do Norte, 1.065, Funcionários.
Até sexta-feira (14/7), das 12h à meia-noite. .