Aristides conta que Minas Gerais e a Bahia têm em comum o Barroco, que ele diz ter impregnado sua maneira de ver e “acabam interferindo na forma de se expressar”. A religiosidade e as tradições católica e afro-brasileiras são referências marcantes em seu trabalho autoral. De Minas, herdou a matriz católica. Ele conta que sua mãe fez uma promessa para que o filho sobrevivesse, depois de duas gestações mal-sucedidas. Para cumpri-la, a cada ano, Aristides desfilou vestido de Santo Antônio na procissão em BH até completar 7 anos.
Na conversa com o público, o fotógrafo vai mostrar os cinco ensaios que compõem o livro. Etu, que significa galinha dangola em iorubá; Outros, em que controi personagens em fotos de estúdio; Tríade, que cria narrativas a partir de fotos de tempos e lugares diferentes; Música urbana, com imagens de rua; e Cores, em que explora planos e recortes entre o real e o imaginário. Segundo ele, todos eles são trabalhos em progresso, pois sempre são acrescidos de novas imagens. (Pablo Pires Fernandes)
FOTO EM PAUTA COM ARISTIDES ALVES
Hoje, às 19h30, no Memorial Minas Gerais Vale (Praça da Liberdade, 640, Funcionários). Entrada franca.