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Versão feminina de Thor ganha revista mensal própria no Brasil

Além das aventuras super-heróicas, personagem enfrenta sessões de quimioterapia para tratar câncer

Diário de Pernambuco
Heróina no traço de Isac Ribic - Foto: Marvel/Divulgação
Na semana em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, chega às bancas e livrarias a nova revista mensal Thor (Panini, 40 páginas, R$ 7,60). Inspirado na mitologia nórdica, o personagem da Marvel Comics era representado como homem desde 1962, quando foi criado por Jack Kirby, Larry Lieber e Stan Lee. A partir de 2014, a identidade do herói asgardiano foi assumida por uma figura feminina, Jane Foster, antigo interesse amoroso do Deus do Trovão nos quadrinhos.

Odinson, o Thor tradicional, deixou o manto para trás após se tornar indigno de portar o Mjolnir, o martelo mágico criado por Odin que confere poderes ao seu portador. A explicação sobre o que levou o herói a perder o posto será revelada ainda este mês no título Unworthy Thor, nos EUA. No Brasil, a cronologia está atrasada em cerca de um ano em relação às edições norte-americanas.
Capa da edição número um da revista - Foto: Panini/Divulgação
Além dos tradicionais inimigos místicos, a Thor encara atualmente uma ameaça que seus superpoderes não podem combater: um câncer de mama que atingiu sua contraparte humana, Jane Foster. A primeira edição abre justamente com a personagem se submetendo a uma sessão de quimioterapia e descrevendo os efeitos colaterais do tratamento, como náuseas, febre e confusões mentais.

"Passei a manhã inteira no hospital injetando venenos no meu corpo, propositalmente. Substâncias tóxicas destinadas a matar células do câncer crescendo dentro de mim", narra a personagem em certa passagem. "Mas assim que apanho o martelo, tudo isso é jogado fora
. A transformação neutraliza os efeitos da quimioterapia, expulsa os venenos do meu corpo. Mas não o câncer", completa.

O arco atual de histórias (roteiro de Jason Aaron e desenhos de Russell Dauterman)tem como pano de fundo uma guerra se alastrando pelos dez reinos e o retorno do meio-irmão de Thor, Loki, o Deus da Trapaça. A pouco inventiva trama envolvendo os inimigos regulares do personagem, no entanto, não chega desagradar, mas, de fato, o drama pessoal da heroína é o ponto mais interessante dessa nova fase.