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Série de partidas abruptas no Brasil e no mundo deixou a área da cultura de luto em 2016

Estado de Minas
- Foto: Janey Costa

Em 2016, a “indesejada das gentes” foi algoz das artes. O ano começou com David Bowie lançando Blackstar, um dos álbuns mais aclamados de sua marcante carreira. Três dias depois, em 10 de janeiro, o mundo chorou a morte do ícone do rock, que lutara discretamente por 18 meses contra o câncer.

Dali a três meses, outro choque: Prince, responsável por um cover emocionado do clássico Heroes, de Bowie, morria de uma overdose acidental de analgésicos. No final de 2016, Leonard Cohen lançava o último álbum, com o emblemático título You want it darker. Poucos dias depois, em 10 de novembro, a gravadora Sony anunciava a morte do poeta e compositor canadense, aos 82 anos.


Sem Bowie, Prince e Cohen, o mundo ficou menos inteligente. E o pop mais triste, com a morte de George Michael, no último domingo de 2016. A música erudita também perdeu um grande nome logo no início do ano. O maestro e compositor francês Pierre Boulez faleceu no dia 5 de janeiro, aos 90 anos.

O annus horribilis, aliás, não poupou a música brasileira.
Perdemos o cantor Cauby Peixoto, o percussionista Naná Vasconcelos, Severino Filho, fundador do grupo Os Cariocas, a cantora Carmen Silva e o sambista Mário Sérgio Ferreira, do grupo Fundo de Quintal, entre outros. Minas Gerais chorou a morte do cantor e compositor Vander Lee, aos 50 anos, em agosto. Um ataque cardíaco levou o autor de Românticos, Esperando aviões e Galo e Cruzeiro.

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TRAGÉDIA
Na tarde do dia 15 de setembro, o Brasil parou para acompanhar o trágico fim de Domingos Montagner, em Sergipe. No intervalo des gravação dos últimos capítulos da novela Velho Chico, o ator mergulhou no Rio São Francisco e desapareceu. O corpo foi encontrado quatro horas depois, a 18 metros de profundidade.

Outra perda foi Elke Maravilha, atriz, modelo e apresentadora criada em Minas Gerais. O ano também levou os atores Alan Rickman (o professor Snape de Harry Potter), Rubén Aguirre (o professor Girafales da série Chaves) e Gene Wilder (o Willy Wonka de A fantástica fábrica de chocolate). Palcos mineiros se despediram do dramaturgo e diretor Carl Schumacher.
No fim de dezembro, os fãs de Carrie Fisher ainda não haviam se recuperado da notícia de sua morte prematura, aos 60 anos, em decorrência de um infarto, quando se soube que sua mãe, a estrela de primeira grandeza Debbie Reynolds não resistiu à tristeza de perder a filha e sucumbiu a um AVC.

O ano, aliás, foi particularmente cruel com o cinema: Ettore Scola, Andrzej Wajda, Michael Cimino, Abbas Kiarostami e Hector Babenco nos deixaram em 2016.

Os escritores Umberto Eco, Dario Fo, Harper Lee e Ferreira Gullar foram baixas sentidas na literatura.
 
As artes plásticas também sentiram o baque de 2016. Morreram o pintor Ivald Granato e um criador importante para Minas Gerais: o pernambucano Tunga, inspirador do Instituto Inhotim. Mas dá para matar as saudades dele: duas galerias do centro de arte em Brumadinho são dedicadas à sua obra. Muito querido em BH, o pintor Fernando Vignoli não resistiu ao câncer e faleceu em 13 de dezembro.
 
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