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Romero Britto está em BH para encontro com estudantes

Artista pernambucano radicado em Miami, célebre por presentear famosos, se recusou a falar de sua relação com Sérgio Cabral, Lula e Dilma

Márcia Maria Cruz
- Foto: Nelson Almeida/AFP
Na tarde desta quarta (30)
, Romero Britto vai falar de sua história de vida – de jovem humilde em Pernambuco a artista plástico de renome internacional – a 140 alunos do Instituto Undió, em Belo Horizonte. A atividade é parte da ação de responsabilidade social A Vida com Novas Cores, promovida pela seguradora Zurich.


Radicado em Miami, Romero diz que pretende compartilhar um momento de esperança com as crianças. “Vou pintar com elas, brincar, interagir com minha arte. Passar um tempo bom, repassando boa energia”, afirma. O artista quer motivá-las a acreditar que a vida pode mudar, como ocorreu com ele.

Britto não quis comentar sua relação com os políticos. Negou-se a falar sobre a apreensão, pela Polícia Federal, de dois retratos que pintou do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral e de Adriana Ancelmo, mulher dele. “Com meu exemplo, quero inspirar as empresas a ajudar a juventude do Brasil. Que seja uma inspiração para o Brasil, que neste momento precisa de notícias boas”, afirmou.

Questionado sobre o fato de ter presenteado com suas obras os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff e o prefeito eleito de São Paulo João Doria, ele declarou: “Prefiro focalizar esta entrevista nas crianças, na importância da arte no Brasil e nessa ação social, que é maravilhosa”.

BIENAL Menino de família numerosa, Romero Britto nem sequer sonhava em participar de eventos internacionais como a Bienal de Florença, na Itália, que Madonna teria seus quadros na parede de casa e que pintaria o presidente norte-americano Barack Obama, a quem enviou um retrato na semana passada.

“Éramos muitos irmãos, realmente foi uma vida de superação”, relembra, ressaltando que sua carreira é fruto de trabalho e dedicação.

Para ele, a educação e a possibilidade de os jovens terem contato com diferentes campos artísticos, como a música, a dança e as artes plásticas, podem abrir portas e mudar trajetórias.

 

Romero gosta quando seu trabalho é classificado como arte de cura. “Fico muito feliz em ver que minha arte traz sorrisos e alegria ao coração das pessoas”, diz.

Porém, os críticos de arte não são generosos com as obras dele. “Gente dos mais diferentes níveis sociais vê meu trabalho de maneira tão especial”, reage. Para Romero, as críticas são fruto de desconhecimento. “As pessoas falam o que querem, muitas vezes por ignorância. Falam sem se aprofundar. O mais importante é que muitas pessoas apoiam a minha arte”, afirma.

O encontro do pintor com os alunos do Undió está marcado para esta quarta, a partir das 13h, na sede da ONG (Rua Padre Belchior, 272, Centro).

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