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Novo romance de Guilherme Fiúza é uma crônica do Brasil contemporâneo


A política dá o tom do romance O império do oprimido (Planeta), lançado pelo jornalista Guilherme Fiúza. A história começa com a ascensão de um governo popular, que ganha as eleições prometendo acabar com a opressão de ricos contra pobres. Porém, os novos donos do poder, aos poucos, vão revelando seus objetivos nada republicanos.

''A política, para mim, é o contexto do livro. Gosto mesmo é da história original que criei. O livro tem bastante paródia da realidade brasileira recente. Muitos personagens do romance são referências a pessoas reais, são fusões de algumas pessoas. Mas não faço questão que reconheçam fulano ou beltrano da vida política brasileira'', diz Fiuza.

 


A trama começou a sair do papel em novembro do ano passado. Fiuza mantém o hábito de roteirizar e fazer a escaleta – a descrição das cenas, muito usada na TV e no cinema – de todos os seus livros antes de começar a escrevê-los propriamente.
A partir de janeiro, foram cinco meses de trabalho intenso. Assim como outros livros dele, Meu nome não é Johnny e 3.000 dias no bunker, o romance já está vendido para cinema e TV. A negociação ocorreu antes mesmo do lançamento.

A condutora da trama é Luana Maxwell. Filha de um magnata do ramo hoteleiro, a jovem idealista fica extasiada com a vitória do primeiro governo de esquerda e abandona o conforto da casa dos pais para trabalhar em uma ONG. A organização, comandada por um professor de Luana, crescerá no novo governo graças à habilidade do operador Marivaldo Valadares.

''Marivaldo é um nerd, feio e muito tímido, que se transforma em um homem muito poderoso. A gana de poder dele provém de uma frustração, um recalque. Na história, vai aflorando um lado quase monstruoso dele, da sua ambição.
Ele quer ficar rico para esfregar na cara dos seus antigos colegas de escola'', conclui. 

O IMPÉRIO DO OPRIMIDO

De Guilherme Fiúza
Editora Planeta
347 páginas
R$ 44,90

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