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Lançamento

Coletânea de textos reflete sobre a negatividade, a contradição e a incompletude

Resultado do 12º Congresso Internacional de Estética, 'O trágico, o sublime e a melancolia' será lançado nesta segunda-feira, 16, no Sesc Palladium

Walter Sebastião

'O trágico, o sublime e a melancolia', uma coletânea de textos que refletem sobre a arte - Foto: Divulgação

 

Serão lançados hoje os dois primeiros volumes de O Trágico, o sublime e a melancolia (ed. Relicário), obra organizada por Verlaine Freitas, Rachel Costa e Debora Pazetto. Trata-se de uma coletânea de textos resultantes do 12º Congresso Internacional de Estética, realizado em BH, em 2015, em torno dos conceitos de negatividade, contradição e incompletude – e sua relação com o modo como concebemos o nosso papel no mundo, levando-se em conta o impacto desses elementos sobre os sentimentos, segundo diz Verlaine Freitas.


 

A seleção de textos, diz ela, priorizou a proximidade com o tema do congresso e pesquisas mais avançadas. “A heterogeneidade, seja dos objetos analisados ou dos métodos de análise, é grande. O que é muito bom, pois oferece ao leitor muitas opções de aproximação com os temas tratados.” Ela exemplifica os vários tipos de abordagem presentes no livro citando, “desde a questão da melancolia, hoje, inclusive com análise de obra de autor vivo, como também textos sobre as origens do trágico ou, ainda, sobre como filósofos conceituam o trágico ou o sublime”. Até outubro, devem sair mais dois volumes da obra.

 

“A arte é filosófica”, afirma Verlaine, acrescentando que é também um rico objeto para se pensar a realidade. “Ao mesmo tempo, arte é mais do que isso. Ela tem poder cognitivo, que nos faz entender a realidade.

Freud observava que o que ele dizia já havia sido dito antes pelos poetas.” Portanto, “trata-se de objeto sui generis, que nos diz coisas sui generis sobre o mundo, a realidade, o indivíduo, a sociedade”.


Entre os artistas que mereceram textos em O Trágico, o sublime e a melancolia estão Homero, Shakespeare, Richard Wagner, Heiner Müller, Samuel Beckett, Machado de Assis, Albrecht Dürer, Constantin Brancusi, Mark Rothko.

O próximo congresso, a se realizar em 2017, terá como tema O Fim da Arte. Verlaine Freitas é doutora em filosofia pela UFMG e já publicou Adorno e a arte contemporânea (Jorge Zahar, 2003). Rachel Costa é professora de Filosofia da Arte na Escola Guignard da UEMG e na Escola de Belas Artes da UFMG. Débora Pazetto Ferreira é professora no  Cefet-MG. 

O Trágico, o sublime e a melancolia 1 e 2


Lançamento da obra da editora Relicário, organizada por Verlaine Freitas, Rachel Costa e Débora Pazetto. Hoje, às 19h30, no Sesc Palladium (Av. Augusto de Lima, 420, Centro, (31) 3270-8100). Entrada para o debate: gratuita. Exemplares estarão à venda por R$ 40 (cada um) ou R$ 68 (ambos).

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