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Fotografia

Cotidiano de refugiadas no Brasil ganha exposição em BH

Com fotos de Victor Moriyma, 'Vidas refugiadas' está em cartaz no Centro Cultural Banco do Brasil até 4 de setembro, com entrada franca

Walter Sebastião
Victor Moriya/Divulgação - Foto: Victor Moriya/Divulgação
As fotos que compõe a mostra Vidas refugiadas, aberta a partir de hoje, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB-BH), mostram oito mulheres às voltas com atividades cotidianas: curtir filhos, ir ao mercado comprar frutas, ir à igreja rezar etc. Mas as personagens das fotos, vindas de diferentes países, não podiam fazer nada disso onde moravam. Todas experimentaram ameaças às suas vidas por viver em áreas de guerra, ter opinião política divergente do regime ou por se dedicar à educação de meninas. A simples experiência de andar pela rua se tornou impossível e elas se refugiaram no Brasil.


“São mulheres que cruzaram oceanos para salvar suas vidas. O que está sendo mostrado não é a dor do refugio, mas a superação de situação de perigo e a retomada de um viver mais tranquilo”, conta a advogada Gabriela Cunha Ferraz, idealizadora da mostra. “Mostramos violências de gênero que têm sido invisibilizadas. Quando falamos em conflitos armados, pensamos nos homens, no soldado. Mas quem mais sofre são as mulheres que perdem maridos e filhos, precisam assumir postura de chefe de família sem que estejam acostumadas a isso, têm seu corpo ameaçado de abusos”, conta Gabriela.


O tema dos refugiados, como conta a advogada, é novo no Brasil – a primeira legislação é de 1997.

“Ainda estamos aprendendo a lidar com ele. Mas é uma questão importante porque o fluxo de refugiados aqui, como em outras partes do mundo, não vai diminuir”, observa. Para Gabriela, a informação, o convívio e a criação de laços com os refugiados podem trazer melhor entendimento da questão

 

Vidas refugiadas
Fotos de Victor Moriyma. bertura hoje , às 19h, com debate sobre a questão dos refugiados. No Centro Cultural Banco do Brasil (Praça da Liberdade, 450, Funcionários. (31) 3431-9400). De quarta a segunda-feira, das 9h às 21h. Até 4 de setembro. Entrada franca.

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