Foi a partir disso que o historiador Steven Roby reuniu no livro Hendrix por Hendrix (Edições Ideal) as principais conversas e artigos de jornalistas com o guitarrista americano, que ajudam a compreender a mente obscura e psicodélica de um dos maiores gênios da música.
"Eu sou um cara quieto. Normalmente, eu não falo tanto. O que eu tenho a dizer eu digo com a minha guitarra", explicou Hendrix em uma entrevista concedida em 1967, aos 22 anos. Frequentemente, ele não falava tanto, mas, quando se sentia à vontade, poderia revelar muito. "Hendrix respondia melhor em entrevistas privadas do que em coletivas de imprensa, ou em ocasiões em que os entrevistadores tinham suas próprias intenções", afirma Roby, no prefácio do livro. "Era sempre um bônus se a jornalista fosse mulher e se a entrevista acontecesse em um quarto de hotel ou em seu apartamento", completa.
Com ares de autobiografia, Hendrix por Hendrix explicita passagens da trajetória do músico que estourou primeiro na Inglaterra do que nos Estados Unidos.