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Ao Fantástico, pai de Alok relata terror após ataque do Hamas

Juarez Petrillo, mais conhecido como o DJ Swarup, ficou escondido em bunker e conta que pensou nos netos para buscar forças nos momentos de maior medo

Ao Fantástico, da TV Globo, pai de Alok relata terror após ataque do Hamas Reprodução/TV Globo
Douglas Lima - Especial para o Uai clock 16/10/2023 08:13
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Juarez Petrillo, o pai de Alok, desabafou em entrevista ao Fantástico, da TV Globo, sobre os momentos de terror que vivenciou em Israel. Juarez, mais conhecido como o DJ Swarup, estava prestes a tocar em um festival, perto da Faixa de Gaza, quando o grupo extremista Hamas atacou o local do evento no último sábado (07/10). Foram mais de 260 mortos e, entre eles, três brasileiros.

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O bate-papo foi ao ar neste domingo (15/10), o músico demonstrou ainda estar bastante abalado com tudo que viu e relatou que a explosão da primeira bomba causou pânico entre os presentes no evento Supernova Universo Paralello.

 

"Já estava amanhecendo, estava a coisa mais linda, quando eu olhei a pista, eu falei: 'Gente, é a pista mais incrível'. De repente, veio uma bomba, nessa hora, a coisa mudou. As mulheres começaram a entrar em pânico e começaram a chorar. Foi geral", relembrou ele, que foi retirado de carro pela organização do festival de música, enquanto participantes do evento precisaram correr pelo deserto para escapar do ataque.

"De repente, a gente escutou o barulho de metralhadora. O cara que estava comigo falou 'isso é o nosso Exército dando o troco'. Falou desse jeito. Mas não. Era o contrário. Eram motociclistas (do Hamas) entrando dentro da festa".

Juarez Petrillo

Alok também participou do papo e falou sobre a angústia que sentiu ao procurar informações sobre o patriarca. "Eu vi por causa dos vídeos na internet, eu não conseguia falar com ele. Depois consegui falar com um amigo dele e só depois com meu pai", desabafou.

 

"A ficha foi caindo no dia seguinte, quando a gente viu que havia mais de 250 corpos perto da área do festival. Fomos começar a entender a gravidade do ataque terrorista. Meu pai estava preso em um bunker, eu queria tirá-lo de qualquer jeito de lá", acrescentou ele.

 

O pai do produtor musical admitiu ter se apegado às lembranças de sua família para seguir em frente e escapar dos ataques. "O que me deu um caminho, um norte, foi quando eu lembrei dos meus netos, sabe? Não tem nada de DJ mais, não sou produtor, não sou artista não, sou vovô", destacou. Petrillo conseguiu voltar para o Brasil no dia 11 de outubro.

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