
Pai e filha? Antônio descobre segredo bombástico de Aline em Terra e Paixão: 'Rica e poderosa!'
Thales Bretas deu detalhes sobre o relacionamento com os filhos no Conversa com Bial, da TV Globo. Humorista morreu em 2021 após complicações da Covid-19
Thales Bretas, de 35 anos, participou do programa Conversa Com Bial, da TV Globo, da última sexta-feira (11/08), e revelou como lida com os questionamentos dos filhos, Romeu e Gael, de quase quatro anos, sobre a ausência de Paulo Gustavo, que morreu em maio de 2021, aos 42 anos, vítima de complicações da Covid-19.
O médico contou que, no começo, era mais difícil abordar o assunto com as crianças, mas que, hoje em dia, eles já abordam o tema morte com uma curiosidade maior. "Por muito tempo eu queria manter fresca a memória deles, para eles sempre lembrarem de momentos com o Paulo. E aí às vezes eu queria mostrar vídeo, foto. E durante um tempinho, no começo, percebi que era desafiador para eles, eles saiam de perto, mudavam de assunto, não entendiam por que da ausência desse pai, se era um abandono", destacou.
"Eu sempre explicava o que aconteceu: que ele ficou dodói, e foi para o céu. Sempre fazia essa brincadeirinha. De vez em quando, agora com eles maiores, que a gente toca no assunto, cada vez mais eles perguntam, estão mais curiosos sobre a vida", acrescentou.
Thales também contou um episódio em que ficou emocionado quando Romeu desabafou que não queria ter perdido o pai Paulo. "Um dia o Romeu me perguntou, 'mas por que o papai Paulo foi para o céu?'. Porque ele ficou dodói, filho. Tem momentos que a gente fica dodói, não consegue melhorar e vai para o céu. 'Mas eu não queria que papai Paulo fosse para o céu'. Isso foi agora, de três para quatro anos, vejo que ele tem mais dificuldade para processar isso. Na hora até engoli o choro e disse: 'eu também não queria filho, de jeito nenhum'", desabafou.
Bretas explicou também que os herdeiros têm curiosidade para saber a composição das famílias e perguntam o motivo de terem dois pais, ao invés de um pai e uma mãe. "Eu explico que vocês tiveram dois pais que queriam muito vocês. A gente pegou duas barrigas emprestadas para fazer porque a gente é homem e não pode ter e elas trouxeram vocês com muito amor e um dos papais ficou dodói e tem o papai Tata aqui. Esse é o formato de família. Têm crianças que não têm pai, criança que tem duas mães, eu sempre toco nesse assunto com eles", disse.
O dermatologista também abriu o joje sobre o processo que viveu ao lado de Paulo Gustavo para ter filhos através de barrigas de aluguel que o casal encontrou nos Estados Unidos. "Hormonalmente, a mulher fica muito mexida com uma gestação. Quando ela não tem filhos próprios, ela projeta o sonho de ter filho naquela gestação. É superdelicado. Nos Estados Unidos, onde resolvemos fazer o processo, isso é legalizado há anos. Fizemos na Califórnia. (...) A gente conheceu duas mulheres incríveis. Lá é um processo em que a mulher é muito bem compensada financeiramente", afirmou.
O nascimento dos pequenos teve uma diferença de apenas dez dias, mas a chegada do primeiro filho foi marcada pelo drama da UTI (Unidade de Terapia Intensiva) neonatal após a criança vir ao mundo com 35 semanas. "É muito doloroso você ver seu filho cada vez mais invadido. Ele foi entubado, depois extubado, mas com sonda, porque não podia mamar. A alimentação era muito aos poucos, era 1ml que a gente dava por dia, foi uma loucura. Teve icterícia porque se alimentou mal. No comecinho, ficou com uma sondinha. Bota o neném na luzinha, com óculos escuros, ele virou um basculho na mão dos médicos", relembrou.
"E a gente lá, das 7h da manhã às 11 da noite no CTI, porque não podia dormir nos Estados Unidos, tentando dar leitinho porque só poderia ter alta se conseguisse mamar 30ml que era uma mamada suficiente. Graças a Deus Gael segurou, porque se ele nascesse no meio dessa confusão toda, como a gente ia se dividir? Romeu teve alta e três dias depois Gael chegou. Passamos o primeiro Dia dos Pais com Romeu nos braços e Gael quase nascendo. Gael escorregou que nem quiabo, teve um parto natural, maravilhoso, rápido", completou.
No especial de Dia dos Pais, o profisional de saúde revelou que mantém a tristeza como sentimento predominante na perda do amado, mas que possui uma grande parte de indignação sobre o assunto. "Tenho a tristeza como um sentimento predominante, mais do que a raiva, porque a raiva não resolve. Mas tem um forte sentimento de indignação, e uma vontade de movimentação também, contra tudo o que estava insustentável", explicou.