Divulgação/Lucio Luna

Douglas Lima - Especial para o Uai 21/12/2022 11:03

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O ator Pedro Paulo Rangel, de 74 anos de idade, que morreu na madrugada desta quarta-feira (21/12), quebrou tabus ao longo de seus 54 anos de carreira, o artista protagonizou o primeiro nu masculino da televisão brasileira.

Foi na primeira versão de Gabriela (1975), novela adaptada do romance Gabriela Cravo e Canela, de Jorge Amado. Na cena, seu personagem, Juca, e a amante, Chiquinha, vivida por Cidinha Milan, eram jogados nus no meio da rua depois de serem flagrados juntos na cama pelo marido dela. Vale destacar, que o enquadramento distante permitiu que a cena fosse liberada pela censura.

Um pouco mais tarde, em 1992, Pedro Paulo viveu Adamastor, um dos primeiros personagens abertamente gays da TV, no folhetim Pedra sob Pedra, escrita por Agnaldo Silva. A trama ainda teve outro personagem homossexual, Paulo Henrique, vivido por Reinaldo Gonzaga, mas este foi criado ao fim da obra, enquanto o papel interpretado por Pedro Paulo estava presente desde o início.

Entre os trabalhos mais marcantes de Pedro estão as novelas Saramandaia (1976), Vale Tudo (1988), A Indomada (1997), O Cravo e a Rosa (2000), Belíssima (2005). O seu último papel em folhetins foi em 2012, em Amor Eterno Amor.

Fez ainda seriados e minisséries, como O Primo Basílio (1988), Você Decide (1992-2000), A Muralha (2000), O Quinto dos Infernos (2002), A Diarista (2004-2007), Os Aspones (2004), Sob Nova Direção (2004-2007), Minha Nada Mole Vida (2006-2007) e As Brasileiras (2012). Seu último papel na televisão foi como um bibliotecário na série Independências (2022), exibida na TV Cultura. 

Morte Pedro Paulo Rangel

O artista morreu na madrugada desta quarta-feira (21/12). A informação do falecimento foi confirmada pela família. O veterano estava internado no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) da Casa de Saúde São José, na Zona Sul do Rio de Janeiro, para tratar de um quadro de doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). A causa da morte ainda não foi divulgada.

O ator encarava uma doença pulmonar desde 2002, causada pelo tabagismo. Ele parou de fumar em 1988 e descobriu o problema quatro anos depois. Pedro Paulo havia sido hospitalizado no início do mês de novembro, para tratar uma descompensação do quadro de enfisema pulmonar. No último sábado (17/12), a sedação foi suspensa e ele começou a despertar. Na ocasião, os médicos afirmavam que o quadro do veterano ainda era "delicado".

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