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TV Globo quebra protocolo no JN para anunciar vitória contra Bolsonaro

Emissora citou concorrentes ao comunicar a renovação da concessão por mais 15 anos, ameaças do presidente não se concretizaram

Ana Paula Araújo Reprodução/TV Globo
Douglas Lima - Especial para o Uai clock 20/12/2022 23:14
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No final do mandato, o presidente da República Jair Messias Bolsonaro (PL) editou um decreto nesta terça-feira (20/12) renovando a concessão da TV Globo por mais 15 anos a contar de outubro de 2022. Durante todo o mandato, o chefe do Executivo colocou em dúvida se assinaria o acordo e fez muitos ataques contra a emissora da família de Roberto Marinho (1904-2003), que quebrou até protocolos ao anunciar o novo acordo.

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Quem acompanhava o Jornal Nacional  ficou surpreso com uma nota lida pela jornalista Ana Paula Araújo. Ela leu na íntegra a renovação da concessão da Globo e também das Band, em Minais Gerais, e da Record TV, em São Paulo. O canal carioca não costuma dar espaço para as concorrentes em sua programação,mas abre exceções em situações de interesse público, editorial ou jornalístico. O decreto presidencial ainda será apreciado pelo Congresso Nacional.

 

"A Secretaria Geral da Presidência da República divulgou nota agora à noite informando que o presidente Jair Bolsonaro editou decreto renovando a concessão da TV Globo por mais de 15 anos no Rio de Janeiro, em São Paulo, Minas Gerais, no Distrito Federal e em Pernambuco", explicou a apresentadora.

 

Ana Paula ainda destacou que tudo aconteceu de acordo com a lei. "Segundo a secretaria, o processo de renovação seguiu os ritos previstos no decreto que regulamenta os serviços de radiodifusão, que contém uma série de requisitos que devem ser cumpridos pelos interessados", afirmou.

 

Ao final, a comunicadora também revelou que outras emissoras foram agraciadas. "Foram renovadas também as concessões da TV Bandeirantes, em Minas Gerais, e da Record, em São Paulo. De acordo com o artigo 223, da Constituição, os processos serão agora enviados por mensagem presidencial ao Congresso Nacional para análise e deliberação", finalizou.

 

Confira, abaixo, o vídeo: 

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