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Victoria's Secret afasta brasileira após envolvimento em site polêmico

Modelo foi comunicada um dia depois de um ensaio fotográfico inspirado na estética da marca

modelo em foto reprodução Instagram
Victoria's Secret afasta brasileira após polêmica envolvendo site pornográfico
Redação Entretenimento clock 07/10/2025 08:59
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A brasileira Mariana Marquini teve sua trajetória interrompida no processo seletivo para o time de modelos da Victoria's Secret após a descoberta de que mantém um perfil ativo em plataformas de conteúdo adulto. A decisão, comunicada um dia depois de um ensaio fotográfico inspirado na estética da marca, pegou a modelo de surpresa.

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De acordo com o portal TV Pop, mesmo após ter avançado por três etapas da seleção, Mariana foi informada pela agência de recrutamento de que sua participação havia sido cancelada. O motivo oficial alegado foi que sua atuação em sites com material para maiores de 18 anos violaria "os valores da agência/marca e os bons costumes exigidos no casting", segundo comunicado interno.
 

Inconformada, a modelo denunciou o que considera uma postura conservadora e incoerente do mercado da moda. "Não me vitimizo, mas isso é sim um reflexo do falso moralismo que ainda domina o meio da moda, esse universo artístico que dizem ser tradicional. Querem corpos perfeitos, mas não aceitam mulheres que se empoderam e ganham dinheiro com a própria sensualidade. O mundo mudou, mas algumas agências ainda vivem no século passado", afirmou.
 
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Além da questão de princípios, Mariana ressaltou que a decisão não faz sentido do ponto de vista financeiro. Ela garante que não pretende abandonar as plataformas de conteúdo adulto.
 
"Enquanto uma campanha publicitária me paga R$ 8 ou 10 mil, com muito esforço e burocracia, nas plataformas adultas eu faturo R$ 60 mil todo mês. E com total liberdade sobre meu corpo, minha imagem e minhas regras. Não tem por que eu abrir mão disso por conta de 'valores tradicionais'", destacou.

Para ela, a justificativa usada pela agência e pela marca é marcada por hipocrisia. Mariana aponta que a própria Victoria's Secret construiu sua imagem com base na sensualidade feminina, o que torna o veto contraditório.
 
"Eles querem vender sensualidade, mas punem quem se apodera da própria. É como se dissessem: 'seja sexy, mas só do jeito que a gente manda'. Penso que a agência agiu de má-fé, me dando esperanças. Essa regra já deveria existir desde o início", concluiu.
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