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Marcello Antony explica por que só revelou agora que filho nasceu com HIV

Francisco, hoje com 22 anos, foi adotado ainda bebê e eliminou o vírus naturalmente nos primeiros meses de vida

Francisco, filho adotivo do ator, nasceu com o vírus, já que sua mãe biológica era portadora. No entanto, ele não desenvolveu ou conviveu com o HIV Reprodução/Instagram
Marcello Antony revela como o filho se curou do HIV em poucos meses
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clock 16/06/2025 22:41
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Marcello Antony, de 60 anos, explicou, em entrevista divulgada nesta segunda-feira (16), o motivo de ter tornado pública a informação de que seu filho Francisco, hoje com 22 anos, havia nascido com o gene do HIV. Adotado pelo ator ainda bebê, Francisco não convive mais com o vírus.

 

 

"A revelação disso foi uma forma natural totalmente. Até porque ele não tem HIV. Ele tinha uma possibilidade de continuar com esse vírus, o que não aconteceu", contou o ator à revista Quem.

 

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Ele explicou que, nos primeiros meses de vida, o organismo do filho eliminou o vírus herdado da mãe biológica. “Graças a Deus, ele nunca conviveu com o HIV, nunca teve um convívio. O que existiu era uma possibilidade remota dele continuar com esse vírus no corpo.”

 

Segundo o ator, a decisão de manter o assunto em sigilo por tanto tempo foi motivada pelo estigma social. “Não tinha o porquê revelar isso na época. Só me senti à vontade de comentar sobre esse assunto quando ele já tinha 18, 19 anos. Foi de uma certa forma natural isso”, afirmou.

 

Atualmente, Marcello vive com a família em Portugal e garantiu que o filho nunca sofreu preconceito. Francisco e Stephanie, de 25 anos, foram adotados durante seu casamento com Mônica Torres. Ele também é pai de Lorenzo, 13, do atual relacionamento com Carolina Villar, e enteado de Lucas, 24, e Louis, 20, filhos de Carolina

 

Como um bebê pode se livrar do HIV mesmo a mãe sendo soropositiva?

 

 

Quando uma mulher soropositiva está grávida, há risco de transmissão do HIV para o bebê durante a gestação, o parto ou a amamentação. No entanto, esse risco pode ser drasticamente reduzido com cuidados médicos adequados. O principal deles é o uso contínuo de antirretrovirais pela gestante durante toda a gravidez.

 

Esses medicamentos diminuem a carga viral no sangue, muitas vezes a níveis indetectáveis, o que reduz significativamente a chance de o vírus passar para o bebê. Também é comum que, caso a carga viral esteja alta ou não controlada, o parto seja feito por cesariana para diminuir ainda mais os riscos.

 

 

 

Após o nascimento, o recém-nascido também recebe medicamentos antirretrovirais por algumas semanas, como forma de prevenção. Além disso, orienta-se que a mãe soropositiva não amamente, já que o HIV pode ser transmitido pelo leite materno. Em vez disso, o bebê é alimentado com fórmulas infantis.

 

Com esse conjunto de medidas, a taxa de transmissão do HIV de mãe para filho, que sem cuidados gira em torno de 25% a 30%, cai para menos de 1%, permitindo que muitos bebês nasçam e cresçam sem o vírus.

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