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Assassino foi condenado por triplo homicídio duplamente qualificado
Após dois dias de julgamento, Paulo Cupertino foi condenado nesta sexta-feira (30) a 98 anos de reclusão, em regime fechado, pelo assassinato do ator Rafael Miguel e dos pais dele, João e Miriam, em 2019. A sentença foi proferida no Fórum da Barra Funda, em São Paulo, e celebrada por familiares das vítimas.
Cupertino foi condenado por triplo homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e pelo uso de recurso que impossibilitou a defesa das vítimas. O crime foi considerado ainda mais grave por ter ocorrido na presença da filha do réu, Isabela Tibcherani, então namorada de Rafael.
A decisão foi tomada por um júri popular composto por quatro homens e três mulheres. Como ao menos quatro jurados votaram pela condenação nos três crimes, não foi necessário apurar os demais votos, conforme prevê a legislação brasileira. O juiz Antonio Carlos Pontes de Souza, da 1ª Vara do Júri da Capital, leu a sentença — sem a presença de Cupertino no plenário. Os dois corréus do processo foram absolvidos.
De acordo com o Ministério Público, o crime foi motivado pelo inconformismo de Cupertino com o relacionamento da filha, à época com 18 anos, com Rafael, de 22. O réu teria disparado 13 vezes contra o jovem e seus pais na porta da casa da adolescente. Câmeras de segurança registraram a ação e a fuga do assassino, que ficou foragido por quase três anos até ser preso em 2022.
O advogado da família das vítimas, Fernando Viggiano, comentou o desfecho do julgamento: “A tese de defesa de negativa de autoria foi rechaçada pelos jurados. Imaginávamos que ele tomaria qualquer outro caminho, dada a robustez das provas constantes dos autos”.
Viggiano ainda destacou o cuidado da acusação ao longo do processo: “A todo momento havia questionamentos sobre nulidades processuais, não sobre a tese [de autoria], porque sabíamos da força das provas apresentadas”.
Paulo Cupertino continuará preso e deve cumprir a pena em regime fechado.
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