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Dr. Luiz Haroldo Pereira afirma que a cirurgia plástica não é a primeira alternativa, mas pode amenizar a condição e melhorar a aparência
Após ouvir duras críticas ao seu corpo durante o "BBB 24", Yasmin Brunet trouxe à tona uma condição que afeta cerca de 12% das brasileiras: o lipedema. Além da estética, a doença provoca dores, desconfortos e hematomas. Dr. Luiz Haroldo Pereira, médico e ex-presidente da SBC explica como a cirurgia plástica pode ajudar e como o diagnóstico é feito.
"A lipo não é o primeiro tratamento para o lipedema, mas é a ‘cereja do bolo’, no final, quando a paciente precisa tirar aquele excesso. Gosto de usar o endolaser para uma melhor retirada da gordura e um bom resultado", explica o médico.
Afinal, o que é o lipedema? Segundo o médico, trata-se de uma doença de cunho inflamatório do tecido conjuntivo frouxo (tecido mais mole, relacionado a gordura), predominante em mulheres.
O lipedema se caracteriza pelo aumento de gordura nos quadris, membros inferiores e superiores, e principalmente no bumbum, podendo ser perceptível seu desenvolvimento em fases de mudança hormonal, de peso e de forma - como é o caso da puberdade, gravidez e menopausa.
"Hoje em dia, tem surgido diversos supostos especialistas em lipedema oferecendo cirurgias plásticas e isso é um risco muito grande. A cirurgia pode sim ajudar muito, mas precisa ser feita com muita responsabilidade e todos os exames pré-operatórios."
Para identificar a existência de lipedema no corpo, é necessário observar os possíveis sintomas, como gordura localizada desproporcional, aparecimento de hematomas com facilidade, sensação de peso e cansaço contínuo nas pernas. No entanto, não existe nenhum exame que diagnostique essa patologia, além da avaliação clínica.
"Podemos observar a distribuição de gordura muitas vezes desproporcional ao corpo da paciente nos membros inferiores e também nos braços. As regiões afetadas se tornam sensíveis e doloridas", diz o especialista. A condição costuma ser hereditária e o histórico familiar é fundamental para ajudar no diagnóstico.
Por ser uma doença crônica, o tratamento do lipedema é sempre contínuo. Alimentação balanceada e atividade física são a principal chave para desinflamar o tecido gorduroso. O segundo passo é a intervenção cirúrgica.
"Por isso digo que é a cereja do bolo. Por se tratar de uma inflamação, é necessário controlá-la através do estilo de vida. A lipoaspiração e a retirada do excesso de pele vem para dar aquele toque especial, melhorando consideravelmente o aspecto do lipedema", destaca.
Por fim, o médico ressalta novamente a importância da responsabilidade no procedimento:
"É o que eu sempre digo: procure um médico de confiança, membro da SBCP, que opere somente em hospitais qualificados. É imprescindível fazer todos os exames pré-operatórios e caso o paciente queira fazer a lipo em mais de uma região, como pernas e braços, respeitar o limite de gordura que pode ser retirado por vês, priorizando dividir o procedimento em duas etapas para não sobrecarregar um organismo que já está inflamado pelo lipedema."
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