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Bruno Gagliasso assume chateação com cena de beijo gay cortada em América: 'Frustrado'

O ator viveu um homossexual na novela América, em 2005

Júnior (Bruno Gagliasso) e Zeca (Erom Cordeiro) em América Júnior (Bruno Gagliasso) e Zeca (Erom Cordeiro) em América - Divulgação/TV Globo
Redação Observatório dos Famosos clock 28/06/2024 01:00
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Bruno Gagliasso, ator, nesta quinta-feira (27), no Dia do Orgulho LGBTQIA+, relembrou o seu personagem polêmico em América, 2005, Júnior, um jovem que se descobria homossexual. O ex-global na época fez par romântico com Erom Cordeiro, o Zeca na trama.

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'Senta que lá vem história... Quase vinte anos atrás (sim, meus amigos, 20 anos...) eu estava vivendo o Junior em América e rolou toda a expectativa do tal beijo gay. Toda novela com personagens LGBTQIA+ tinha essa expectativa. Será que agora vai? E nunca ia... A tal cena do beijo foi a minha última naquela novela. Gravamos a cena, ficou bem bonita e eu tinha certeza que finalmente iria rolar o tal beijo gay. No último capítulo, Zeca e Junior em clima de romance, trilha sonora e... corta! Pois é... a cena nunca foi ao ar. Mesmo gravada, editada, tudo certinho... Nada do tal beijo', começou ele.

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O ator confessou que ficou 'pistola' pelo beijo gay não ter ido ao ar, mesmo tendo gravado a cena inúmeras vezes. Em entrevistas, a autora da trama, Gloria Perez, também ficou irritada com o veto da Globo.

'Frustrado'

'Fiquei muito pistola naquela época. Mas ok, passou... Quem sabe exibam na reprise, não é mesmo? Grande engano... Foi aí que eu descobri que deletaram a cena. Não existe nada no arquivo. Como se isso nunca tivesse existido. Falei com um mundo de gente para ver se conseguiria recuperar, mas nada. Quando lembro disso, ainda fico bem frustrado. Mas sempre gosto de recordar dessa história porque mostra como, apesar dos pesares, evoluímos nesses vinte anos. Beijo deixou de ser um tabu. O casamento igualitário hoje é uma realidade. Casais LGBTQIA+ sentem-se mais a vontade para manifestar seu afeto em público. E acho, de verdade, que a nossa dramaturgia ajudou muito nessa evolução. Quando nossas novelas naturalizaram o afeto, passamos a também naturalizar na vida real. Beijar, abraçar, assumir um relacionamento não são mais grandes questões', prosseguiu.

Por fim, Bruno Gagliasso afirma que a situação da comunidade LGBTQIA+ se encontra bem melhor. 'Eu só fico pensando quanto tempo perdemos com essa bobagem. Quanta gente sofreu porque não via seus amores representados na telinha. Quis trazer novamente essa história na semana do Orgulho LGBTQIA+ para celebrar os avanços dos últimos anos. Ainda existem muitos desafios, muita gente tosca (e criminosa) por aí, mas também há evolução e conquistas. Hoje, aquela história do Zeca e do Junior seria completamente diferente. E o tal beijo nem seria grande coisa. Ainda bem', comentou.

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