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Por Pablo Oliveira
Hoje vivi algo que jamais imaginei presenciar em Portugal:
Por volta das dez, dez e meia da manhã, a energia acabou. No início, achamos que fosse uma falha simples, algo passageiro. Mas, em pouco tempo, faltou água, a internet caiu, o telefone parou de funcionar. Não tínhamos mais acesso a notícias. As televisões desligadas e a falta de comunicação geraram uma sensação de isolamento total.
Decidi sair às ruas para entender o que estava acontecendo, na esperança de descobrir se era apenas na minha casa ou algo maior. Foi então que percebi que não era só o meu bairro, nem apenas Lisboa: Portugal inteiro e também partes da Espanha estavam vivendo aquele momento caótico.
O dia já havia começado conturbado, com o transporte público em greve, o que nos fez decidir não levar as crianças à escola. De volta para casa, a sensação era de fim do mundo. Supermercados, lojas de conveniência, os populares 'mercados de chineses', tudo começou a ser tomado por pessoas em busca de água, comida, lanternas e rádios de pilha.
A tensão era visível. A água começou a faltar nas prateleiras, os produtos básicos sumiram rapidamente. Em uma das lojas de um comerciante indiano, que ainda começava a abrir as portas, me vi, junto de uma amiga, ajudando a atender clientes para agilizar a compra de quem precisava de mantimentos. Era um verdadeiro cenário de solidariedade improvisada.
O clima era de desespero. Sem internet, sem televisão, sem rádio, surgiram rumores nas ruas. Um dos boatos era de que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, teria atacado uma antena na França, em retaliação a uma possível mediação feita pelo presidente francês, Emmanuel Macron, entre o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no Vaticano.
Sem comunicação oficial, a especulação tomava conta. Aeroportos paralisados, hotéis sem capacidade de receber hóspedes por falta de sistema, caixas eletrônicos sem funcionar, bombas de gasolina paradas. Pessoas dormindo no chão dos aeroportos, à espera da retomada da energia e da normalização dos voos. Muitos sem dinheiro vivo, já que pagamentos eletrônicos também ficaram inviáveis.
Foi assustador. A sensação era de viver uma guerra silenciosa, uma guerra comercial, onde o que faltava eram valores básicos de sobrevivência. Um caos real e absoluto.
Para mim, que moro em Portugal com duas crianças, essa experiência foi um choque. Nunca, em toda a minha vida, havia vivido algo parecido. E hoje, mais do que um apagão, vi um retrato nu e cru da nossa dependência da tecnologia e de como, na ausência dela, tudo o que realmente importa é a solidariedade e a resiliência.
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