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Especialista Karine Waldrich explica que cada vez mais candidatos a concursos públicos enfrentam crises de ansiedade
Ansiedade e concursos públicos formam uma combinação perigosa e, infelizmente, cada vez mais comum. Um levantamento da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) revelou que cerca de 80% dos concurseiros apresentam sintomas de ansiedade ao longo da preparação, entre eles insônia, taquicardia, irritabilidade e bloqueios cognitivos. O dado, publicado pelo AlfaCon Concursos, acende um alerta sobre os riscos emocionais que cercam o universo dos certames, especialmente quando o candidato não sabe filtrar a enxurrada de informações à qual é exposto.
Karine Waldrich, professora e mentora de milhares de alunos que se preparam para concursos, é categórica ao apontar o principal agente causador da ansiedade: o excesso de desinformação. "Houve um aumento considerável nos relatos de ansiedade entre meus alunos nos últimos anos. Atribuo isso à disseminação de notícias com click baits, muitas vezes falsas, que circulam com chamadas atrativas em sites e redes sociais. Isso gera um efeito dominó: a pessoa ansiosa compartilha em grupos, e isso abala todo o entorno que também está estudando para concurso", alerta.
Diferente do que se imagina, não é a pressão da família nem o medo da reprovação os maiores gatilhos emocionais do concurseiro. “A maior causa hoje, sem dúvida nenhuma, é a disseminação desenfreada de notícias não checadas. Boatos de corredor, vídeos sensacionalistas no YouTube, tudo isso cria um ambiente tóxico. A ansiedade não vem da dificuldade das matérias, isso sempre existiu. O que mudou foi a velocidade com que informações falsas se espalham.”
O impacto é ainda mais profundo em um perfil específico: o iniciante. Segundo Karine, “Quem está começando é o mais vulnerável. Ainda não domina o conteúdo, o método, nem sabe diferenciar o que é uma fonte confiável do que é pura especulação. O iniciante costuma cair facilmente nessas armadilhas que minam completamente sua estabilidade emocional.”
Mas o que fazer quando a ansiedade ultrapassa o limite e começa a paralisar o candidato, quando ele olha para o material e simplesmente trava? Para Karine, o erro está em esperar o “bolo queimar no forno” para agir. “Quando o bolo já está queimado, não há o que fazer. É preciso se precaver antes. E essa prevenção vem de três pilares: ter um método validado, estar cercado de pessoas maduras e usar canais confiáveis de informação. Se você tem tudo isso, o bolo não queima. A ansiedade não se acumula a ponto de travar.”
Na prática, isso significa abandonar métodos improvisados e apostar em estratégias testadas por quem já foi aprovado. “Quando o concurseiro se apoia em um método validado, ele não estuda no escuro. Isso dá segurança. Ele para de tatear por conta própria e começa a seguir uma receita de bolo que funciona”, afirma.
Mesmo com todos os cuidados, a ansiedade nunca será eliminada por completo, e está tudo bem. “Ela faz parte da jornada. O que precisamos fazer é eliminar os ruídos que a alimentam. Perfis que propagam boatos, vídeos apelativos, grupos que vivem da especulação... tudo isso precisa sair da rotina do concurseiro. Quando o entorno está saudável, a preparação se torna mais leve, e os resultados, mais consistentes.”
Para quem está pensando em desistir, Karine é direta: “Você não precisa ser inabalável para ser aprovado. Mas precisa se cercar de um ambiente estável e parar de consumir conteúdo que te desequilibra. O caminho não é desistir, mas sim ajustar a rota.” conclui Karine Waldrich
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