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Nos 4 anos da tragédia de Brumadinho, documentário estreia na Amazon Prime

Obra retrata a história dos sobreviventes da tragédia e mostra as mudanças após o ocorrido

Pôster de divulgação do documentário - Lama Seca Divulgação/Quartetto
Douglas Lima - Especial para o Uai clock 25/01/2023 08:41
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Nesta quarta-feira (25/01), a tragédia da queda da barragem do Córrego do Feijão, em Brumadinho, Região Metropolitana de Belo Horizonte, que vitimou 270 pessoas, completa 4 anos, ainda sem punição aos responsáveis e com relatos que ainda geram espanto e comoção na sociedade brasileira.

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As histórias dos sobreviventes da tragédia que despejou mais de 12 milhões de metros cúbicos de rejeitos de mineração na bacia do Rio Paraopeba são a base da trama de Lama Seca, documentário recém-lançado na plataforma de streaming Amazon Prime Video.

 

O produto foi gravado de forma independente ao longo de 2019. A equipe entrevistou sobreviventes, moradores da cidade e, principalmente familiares das vítimas. A fotografia também teve um papel de destaque na produção agência paulista Quartetto, com imagens inéditas sobre as estruturas da Vale atingidas pela lama, da complexidade existente nas áreas de busca e das casas dos atingidos pela tragédia que chocou o Brasil. Além de destacar, os reflexos das mudanças na infraestrutura e também nas características do município.

 

O plano de fundo do documentário é a indignação generalizada sobre a maneira que a mineradora Vale lidava com a situação. Lama Seca foi dirigido pelos jornalistas Juliana Ribeiro e Eduardo Savanachi e o fotógrafo e diretor de fotografia Murillo Constantino.

 

Um dos principais registros da obra é o início da relação entre os moradores da cidade e os bombeiros, que originou uma das principais operações de resgate da história do país, ainda hoje em andamento. A produção traz imagens inéditas das estruturas em que funcionavam os escritórios e o refeitório da Vale, que foram atingidos pela lama e das áreas de buscas que dão uma nova dimensão sobre o alcance do desastre.

 

Além disso, entra na casa das famílias que tiveram suas "joias" (forma como os moradores se referem às vítimas) perdidas, mostrando quem eram aquelas pessoas.

"Trata-se de um filme que propõe uma discussão que vai além das causas e culpas, e que se concentra em mostrar a vida das pessoas e o real significado de um acontecimento que causou a morte de 272 pessoas, algumas cujos corpos até hoje não foram encontrados".

Eduardo Savanachi

Confira, abaixo, o trailer: 

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