Exposição em BH faz homenagem ao pintor Lorenzato, que completaria 120 anos

DATA

  • 22/09/2020 à 20/12/2020

LOCAL / INFO

PREÇOS

  • Entrada Franca

O pintor mineiro Amadeo Luciano Lorenzato (1900-1995) completaria 120 anos em 2020. Mas as suas obras o eternizaram e, por isso, raros quadros pintados por ele estarão disponíveis para visitação a partir do dia 22 de setembro, em Belo Horizonte, na Rodrigo Ratton Galeria (Rua Alagoas, 1314, loja 27c, Shopping 5ª Avenida, Savassi), durante a exposição &lsquoNoites e Noturnos&rsquo, com entrada gratuita e mediante agendamento prévio (pelo 31 99981 9281) para evitar aglomerações. A exposição segue todas as recomendações da Organização Mundial da Saúde e respeita todos os decretos municipais.

O organizador da exposição &lsquoNoites e Noturnos&rsquo, Rodrigo Ratton, que é o proprietário do espaço onde será realizado o evento, explica que os 120 anos de Lorenzato não poderiam passar em branco. &ldquoÉ uma exposição não comercial. Não vamos vender nenhuma obra, pois o objetivo é exibir para o público um pouco do que o artista contribuiu para a arte, levando o nome de Minas Gerais para os quatro cantos do mundo&rdquo, conta. Serão sete pinturas que retratam paisagens noturnas, estrelas, astronautas e cenas da cidade. &ldquoVamos apresentar apenas um recorte de sua vasta obra, reconhecida nacional e internacionalmente, e assim celebrar um dos grandes nomes da arte brasileira. Simultaneamente, vamos homenagear o responsável pelas primeiras exposições do artista, Palhano Júnior&rdquo, completa Ratton.

Lorenzato

Filho de imigrantes italianos, Lorenzato nasceu no dia 19 de fevereiro, na capital mineira. Foi trabalhador da construção civil como pintor. Depois de um acidente, dedicou-se à pintura de quadros, talvez por pura intuição criativa. Considerava-se um autodidata, que imprimia em suas pinturas a singularidade das cenas cotidianas, com marcados volumes, texturas densas e ricas em cores. Ele criava, dessa forma, aquilo que se tornou o mais característico em sua pintura: o &ldquopenteado&rdquo, através de pentes propriamente ditos e tintas que ele próprio fazia.

Lorenzato deve ser considerado um exemplar do alto modernismo brasileiro e, acima de tudo, um artista livre que, equipado de gestos únicos, pintava o que via. Além dos casarios, que são expressos na grande maioria das suas obras, pintou também paisagens, noturnos, abstratos, pores do sol, naturezas mortas, céus estrelados, barcos, prédios e fábricas. Com suas formas geométricas reduzidas, construiu as mais diversas figurações, utilizando-se de um estilo simplificado. De forma singular retratou uma visão única do mundo ao seu redor. O artista não fazia distinção entre o erudito e o popular, ao invés disso, ele se desvencilhava de tendências e movimentos, possibilitando demonstrar em sua obra sua principal marca: a originalidade. Na sua autodefinição dizia: &ldquoAmadeo Luciano Lorenzato, pintor autodidata e franco atirador. Não tem escola. Não segue tendências. Não pertence a igrejinhas. Pinta conforme lhe dá na telha. Amém&rdquo.

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