O disco traz narrativas de afeto, afirmação e resistência da negritude
No dia 25 de janeiro(sábado), às 19h, Heberte Almeida lança seu primeiro trabalho solo - o álbum Negro Amor. O show será realizado no Teatro Francisco Nunes, na programação do Festival Verão Arte Contemporânea (VAC).
Negro Amor é a estreia do cantor, compositor e instrumentista em carreira solo. Em seu debute, Heberte privilegia sonoridades e temáticas relacionadas à música negra brasileira e norte-americana. Um repertório afetuoso de canções sobre as vivências da negritude e do amor. O CD será lançado nas plataformas de streaming dia 10 de janeiro.
O disco agrega e festeja diversos gêneros musicais filiados a musicalidades afro-diaspóricas, como o samba-soul, afoxé, axé, rap e r&b. Em seu lançamento solo, o artista compila variadas referências musicais em uma coleção de onze faixas, apresentando uma sonoridade solar, diversa em timbres, vozes e bases rítmicas. O álbum traz narrativas de afeto, afirmação e resistência da negritude.
Nascido na capital mineira e colaborador assíduo da cena artística local, Heberte conta que a proposta surgiu de um show: &ldquocercado de artistas convidados, eu prestava tributo a um repertório de música preta, fazendo releituras de canções marcantes na minha trajetória de vida e compartilhando músicas próprias&rdquo.
Com uma trajetória musical de quase 20 anos, o músico coleciona trabalhos no cenário musical de Belo Horizonte junto a bandas e cantautores, como Diplomattas, Pelos, Projeto Manobra, Nobat e Persiano, dentre outros artistas. Heberte é também um dos autores da trilha original do longa-metragem &ldquoNo Coração do Mundo&rdquo, produzido pela Filmes de Plástico.
No álbum, o artista assina todas as composições e em algumas canções celebra parcerias com Tamara Franklin, Shabê, Manu Ranilla, Zi Reis e Renato Negrão. O CD conta ainda com a participação de Richard Neves, Vi Coelho, Robert Frank, Carol Cirilo, Nobat, Pablo Campos, Raíssa Uchôa, Anna Lages e Gabriel Martins, dentre outros nomes que colaboraram no processo de gravação. A produção musical ficou a cargo de Fernando Bones, responsável por álbuns como os de Jonathan Tadeu, Mieta e Aldan.
&ldquoApresentar esse repertório, elaborado em um período de dois anos, provoca deslocamentos e traz outras perspectivas para o compositor: &ldquoé um desafio fazer um disco em formato solo, embora haja muita coletividade no processo de feitura deste trabalho. Assumir a minha voz, deixar de lado certa timidez e estar num lugar de exposição é de fato uma novidade pra mim. Em uma trajetória de quase 20 anos na música, eu atuei mais efetivamente como compositor, instrumentista e arranjador&rdquo, afirma Heberte.
O projeto é realizado com recursos da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte e conta com a gestão e produção de Michelle Braga.