Filarmônica de Minas Gerais recebe rela primeira vez o violinista sérvio Robert Lakatos

DATA

  • 20/09/2018 à 21/09/2018

LOCAL / INFO

PREÇOS

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FILARMÔNICA DE MINAS GERAIS RECEBE PELA PRIMEIRA VEZ

O VIOLINISTA SÉRVIO ROBERT LAKATOS

 

 

Orquestra apresenta obras de Sibelius e Franck e
homenageia Debussy com Rondes de Printemps e La mer

 

Em homenagem a Debussy no centenário de sua morte, a Filarmônica de Minas Gerais estreia em seu palco Rondes de Printemps, terceira parte das Imagens para a Orquestra escritas pelo compositor. Para lembrar a importância desse artista francês na renovação da música, será interpretada ainda La mer, uma das obras sinfônicas mais marcantes do século XX. O Concerto para violino de Sibelius recebe nova leitura do violinista Robert Lakatos.  Ainda no programa, a obra O caçador amaldiçoado, de Franck. As duas apresentações serão realizadas nos dias 20 e 21 de setembro, na Sala Minas Gerais, às 20h30. A regência é do maestro Fabio Mechetti.

 

Na série de palestras sobre obras e compositores, promovidas pela Filarmônica antes das apresentações, entre 19h30 e 20h, o convidado das duas noites será o percussionista da Filarmônica de Minas Gerais e curador dos Concertos Comentados, Werner Silveira. As palestras são gravadas em áudio e ficam disponíveis no site da Orquestra.

 

Estes concertos são apresentados pelo Ministério da Cultura e Itaú por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

 

Repertório

 

Sobre Rondes de Printemps

 

Claude Debussy (Saint-Germain-en-Laye, França, 1862 &ndash Paris, França, 1918) e Imagens para orquestra nº 3: Rondes de Printemps (1905/1909)

"Vive le Mai, bien venu soit le Mai / Avec son gonfalon sauvage (La Maggiata)&rdquo [Vida longa ao Maio. Bem-vindo Maio, com sua bandeira silvestre.]. A saudação ao maio selvagem é a epígrafe da partitura de Rondes de Printemps, de Claude Debussy. A inscrição, extraída de um texto do século XV do poeta florentino Angelo Poliziano, alude à celebração da primavera, na qual irrompem o amor e a vida. A nota de programa, redigida por Charles Malherbe por ocasião da estreia da obra, em 1910, ressalta a riqueza da paleta orquestral e coloca em relevo as correspondências entre impressões visuais e sonoras, como se o público pudesse visualizar o que ouvia e, nas mãos do compositor, a escrita se transformasse em pintura. O próprio Debussy estimulava essas correspondências: o &ldquosom do mar, a curva do horizonte, o vento nas folhas (...) causam impressões múltiplas que emergem de nós e se expressam em linguagem musical&rdquo. Rondes de Printemps é a peça que encerra Images, tríptico do qual também fazem parte Gigues e Ibéria. Após um início algo nostálgico em Gigues, e da evocação de uma Espanha imaginária e misteriosa em Ibéria, Rondes de Printemps [Algo como &ldquoVoltas da Primavera&rdquo] é uma espécie de convite à dança &ndash irresistível, com sua orquestração luminosa, suas texturas cheias de detalhes em perspectiva, sua vivacidade e inquietação rítmica. Convite ao movimento, à transformação, à celebração do amor e da vida.

 

Sobre o Concerto para violino de Sibelius

 

Jean Sibelius (Hämeenlinna, Finlândia, 1865 &ndash Järvenpää, Finlândia, 1957) e Concerto para violino em ré menor, op. 47 (1903/1904, revisão 1905)

Jean Sibelius viveu boa parte da vida em Järvenpää, uma calma e solitária região florestal da Finlândia, a alguns quilômetros ao norte de Helsinque. O Concerto para violino foi composto em 1903, justamente quando o compositor se instalou na cidadezinha. É uma peça que exige do solista técnica impecável e um virtuosismo que só se torna convincente quando aliado a uma sobriedade expressiva devidamente calculada. Desde sua estreia, em 1905, com o violinista Karl Halir sob regência de Richard Strauss, o Concerto incorporou-se definitivamente ao repertório violinístico. A partir daí, a popularidade de Sibelius cresceu com o passar dos anos, e ele foi rapidamente reconhecido como o mais importante e influente músico do nacionalismo finlandês. Sua obra adquiriu o status de símbolo patriótico, ainda que seja fruto, sobretudo, de uma necessidade muito pessoal, íntima, de busca de crescimento espiritual. Espontaneamente, entretanto, Sibelius soube expressar a essência de sua terra e o reconhecimento internacional de sua obra tornou-a motivo de orgulho nacional.

 

Sobre O caçador amaldiçoado

 

César Franck (Liège, Bélgica, 1822 &ndash Paris, França, 1890) e O caçador amaldiçoado (1882)

César Franck foi um dos principais compositores da escola francesa da segunda metade do século XIX. Ele foi capaz de desenvolver uma sonoridade musical ímpar, ao associar a sensibilidade religiosa francesa com as realizações harmônicas de Liszt e Wagner. Acabou trazendo uma nova vitalidade para a composição musical francesa, especialmente no que tange à música puramente instrumental. A estreia de O caçador amaldiçoado (Le chasseur maudit) se deu em 31 de março de 1883 na Salle Érard, em Paris, pela orquestra da Société Nationale de Musique sob a regência de Édouard Colonne. A peça foi inspirada no poema Der wilde Jäger (O caçador selvagem), escrito em 1777 pelo poeta romântico alemão Gottfried August Bürger (1747-1794). Franck alterou o título do poema e condensou a história: em um domingo de manhã, enquanto se ouvem os cantos e sinos da igreja, um conde do Reno faz soar as trompas e parte à caça, ao invés de assistir à missa. Por ter violado o dia sagrado de descanso, ele é amaldiçoado por uma voz terrível que o condena a ser perseguido pelos demônios por toda a eternidade.

 

Sobre La mer

 

Claude Debussy (Saint-Germain-en-Laye, França, 1862 &ndash Paris, França, 1918) e La mer (1903/1905)

Entre 1904 e 1905, Debussy elabora ou conclui algumas de suas obras mais importantes, entre elas a orquestral La mer. No plano pessoal, porém, ele passa por um momento turbulento: em junho de 1904, abandona sua esposa Lily, com quem estava casado havia cinco anos, e passa a viver com a cantora Emma Bardac. Em razão disso, Lily tenta o suicídio em outubro. Foi um escândalo social. Todavia, Debussy e Emma continuam juntos, obtêm os respectivos divórcios e passam a habitar uma bela mansão em Paris. No outono de 1905, nasce a única filha do casal, Claude-Emma, a quem Debussy chamava carinhosamente Chouchou. Nesse mesmo outono é estreada La mer, cuja composição fora iniciada dois anos antes. A obra não foi bem recebida &ndash nem tampouco as outras da mesma safra &ndash, talvez muito em função do escândalo de seu rompimento com Lily e de sua união com Emma. No entanto, trata-se de uma peça fundamental na linguagem debussyana, e uma das mais significativas do nosso tempo. Aqui, o compositor francês deixa de vez de se interessar pela dureza da tonalidade. Interessa-lhe muito mais a fluidez sempre cambiante que observa no mar, e que transpõe para o plano sonoro, reinventando com aguda personalidade a música e a linguagem musical.

 

Maestro Fabio Mechetti

 

Diretor Artístico e Regente Titular da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais desde sua criação, em 2008, Fabio Mechetti posicionou a orquestra mineira no cenário mundial da música erudita. Além dos prêmios conquistados, levou a Filarmônica a quinze capitais brasileiras, a uma turnê pela Argentina e Uruguai e realizou a gravação de oito álbuns, sendo três para o selo internacional Naxos. Natural de São Paulo, Mechetti serviu recentemente como Regente Principal da Filarmônica da Malásia, tornando-se o primeiro regente brasileiro a ser titular de uma orquestra asiática.

 

Nos Estados Unidos, Mechetti esteve quatorze anos à frente da Orquestra Sinfônica de Jacksonville e, atualmente, é seu Regente Titular Emérito. Foi também Regente Titular das sinfônicas de Syracuse e de Spokane, da qual hoje é seu Regente Emérito. Regente associado de Mstislav Rostropovich na Orquestra Sinfônica Nacional de Washington, com ela dirigiu concertos no Kennedy Center e no Capitólio. Da Sinfônica de San Diego, foi Regente Residente. Fez sua estreia no Carnegie Hall de Nova York conduzindo a Sinfônica de Nova Jersey. Continua dirigindo inúmeras orquestras norte-americanas e é convidado frequente dos festivais de verão norte-americanos, entre eles os de Grant Park em Chicago e Chautauqua em Nova York.

 

Igualmente aclamado como regente de ópera, estreou nos Estados Unidos dirigindo a Ópera de Washington. No seu repertório destacam-se produções de Tosca, Turandot, Carmem, Don Giovanni, Così fan tutte, La Bohème, Madame Butterfly, O barbeiro de Sevilha, La Traviata e Otello.

 

Suas apresentações se estendem ao Canadá, Costa Rica, Dinamarca, Escandinávia, Escócia, Espanha, Finlândia, Itália, Japão, México, Nova Zelândia, Suécia e Venezuela. No Brasil, regeu todas as importantes orquestras brasileiras.

 

Fabio Mechetti é Mestre em Regência e em Composição pela Juilliard School de Nova York e vencedor do Concurso Internacional de Regência Nicolai Malko, da Dinamarca.

 

Robert Lakatos, violino

 

O jovem Robert Lakatos começou a ganhar projeção internacional após vencer, em 2015, a Competição Pablo Sarasate, na Espanha. Desde então, apresentou-se com importantes orquestras da Europa, como as filarmônicas de Belgrado, Málaga e Cracóvia e as sinfônicas de Navarra e Istambul. Nascido em uma família de músicos, na Sérvia, Robert aprendeu a tocar com o próprio pai, Imre Lakatos. Atualmente, estuda na Universidade de Viena com Julian Rachlin. Também subiu ao palco de diversos festivais e recebeu outros prêmios, como Andrea Postacchini, na Itália o Jeunesses Musicales, na Romênia e o Merry Smart, em Nova York. É professor de violino da Escola de Artes de sua cidade natal, Novi Sad.

 

Sobre a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais

 

A Orquestra Filarmônica de Minas Gerais fez seu primeiro concerto em 2008, há dez anos. Diante de seu compromisso de ser uma orquestra de excelência, cujo planejamento envolve concertos de série, programas educacionais, circulação e produção de conteúdos para a disseminação do repertório sinfônico brasileiro e universal, a Filarmônica chega a 2018 como um dos mais bem-sucedidos programas continuados no campo da música erudita, tanto em Minas Gerais como no Brasil. Reconhecida com prêmios culturais e de desenvolvimento econômico, a nossa Orquestra, como é carinhosamente chamada pelo público, inicia sua segunda década com a mesma capacidade inaugural de sonhar, de projetar e executar programas valiosos para a comunidade e sua conexão com o mundo.

 

Números da Filarmônica de Minas Gerais em 10 anos (até último concerto de junho de 2018)

1 milhão espectadores 

769 concertos realizados

1.000 obras interpretadas

104 concertos em turnês estaduais

38 concertos em turnês nacionais

5 concertos em turnê internacional

90 músicos

550 notas de programa publicadas no site

179 webfilmes publicados (19 com audiodescrição)

coleção com 3 livros e 1 DVD sobre o universo orquestral

4 exposições itinerantes e multimeios sobre música clássica

3 CDs pelo selo internacional Naxos (Villa-Lobos)

1 CD pelo selo nacional Sesc (Guarnieri e Nepomuceno) 

3 CDs independentes (Brahms&Liszt, Villa-Lobos e Schubert)

1 trilha para balé com o Grupo Corpo

1 adaptação de Pedro e o Lobo, de Prokofiev, para orquestra e bonecos com o Grupo Giramundo

 

 

 

SERVIÇO

 

Série Presto

20 de setembro &ndash 20h30

Sala Minas Gerais

 

Série Veloce

21 de setembro &ndash 20h30

Sala Minas Gerais

 

Fabio Mechetti, regente

Robert Lakatos, violino

 

DEBUSSY     Imagens para orquestra nº 3: Rondes de Printemps

SIBELIUS      Concerto para violino em ré menor, op. 47

FRANCK       O caçador amaldiçoado

DEBUSSY      La mer

 

 

Ingressos:  R$ 44 (Coro) R$ 50 (Balcão Palco) R$ 50 (Mezanino), R$ 68 (Balcão Lateral), R$ 92 (Plateia Central) e R$ 116 (Balcão Principal).

 

Meia-entrada para estudantes, maiores de 60 anos, jovens de baixa renda e pessoas com deficiência, de acordo com a legislação.

 

Ingressos para o setor Coro serão comercializados somente após a venda dos demais setores.

 

Informações: (31) 3219-9000 ou www.filarmonica.art.br

 

Funcionamento da bilheteria:

Sala Minas Gerais &ndash Rua Tenente Brito Melo, 1090 &ndash Bairro Barro Preto

De terça-feira a sexta-feira, das 12h às 20h.

Aos sábados, das 12h às 18h.

Em quintas e sextas de concerto, das 12h às 22h

Em sábados de concerto, das 12h às 21h.

Em domingos de concerto, das 9h às 13h.

 

São aceitos cartões com as bandeiras Amex, Aura, Redecard, Diners, Elo, Hipercard, Mastercard, Redeshop, Visa e Visa Electron.

www.filarmonica.art.br

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