Filarmônica de Minas Gerais dedica-se à Rússia em suas expedições musicais da série "Fora de Série"

DATA

  • 26/05/2018 à 26/05/2018

LOCAL / INFO

PREÇOS

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FILARMÔNICA DE MINAS GERAIS DEDICA-SE À RÚSSICA

EM SUAS EXPEDIÇÕES MUSICAIS DA SÉRIE &ldquoFORA DE SÉRIE&rdquo

 

Músicos da orquestra ocupam o centro do palco: o violoncelista Philip Hansen será solista Ara Harutyunyan e Rodrigo M. Braga, violinos, Katarzyna Druzd, viola, e Robson Fonseca, violoncelo, formam um quarteto de cordas

 

A música russa será apresentada pela Filarmônica de Minas Gerais no dia 26 de maio, às 18h, na Sala Minas Gerais, em suas &ldquoExpedições Musicais&rdquo, dentro da série Fora de Série 2018, realizada em nove sábados ao longo do ano. Trágico ou alegre, o repertório russo carrega consigo intensidade e nostalgia. No concerto deste mês, pode-se observar isso na obra camerística de Rachmaninov, Quarteto de cordas nº 1 em sol menor: Romance e Sherzo, e em Noturno, de Borodin no lirismo e virtuosismo das duas peças para violoncelo de Tchaikovsky: Andante cantabile e Pezzo capriccioso, op. 62 na exuberância da Suíte da ópera O galo de ouro, de Rimsky-Korsakov, e no humor sarcástico da Marcha e Sherzo, partes da ópera O amor das três laranjas, de Prokofiev. A regência é do maestro Fabio Mechetti. Philip Hansen, Violoncelo Principal da Filarmônica, será solista nas duas obras de Tchaikovsky Ara Harutyunyan (Spalla assistente), Rodrigo M. Braga (violino), Katarzyna Druzd (viola) e Robson Fonseca (Violoncelo Principal assistente) formam o quarteto de cordas. Os programas da série Fora de Série em 2018 sempre terão uma obra de câmara apresentada por músicos da Filarmônica.

A série Fora de Série tem como tema Expedições Musicais. Os nove concertos exploram diferentes regiões e culturas por meio das variações formais que a música pode ter. As apresentações são iniciadas com obras camerísticas, e o repertório segue com peças de estruturas musicais maiores para grupos mais numerosos. Os temas dos concertos são: Itália, França, Rússia, Leste europeu, Estados Unidos, Países hispânicos, Países nórdicos, Alemanha e Brasil.

Este concerto é apresentado pelo Ministério da Cultura, Governo de Minas Gerais e Aliança Energia e conta com o Apoio Cultural do BTG Pactual por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

 

O repertório

 

&ldquoExpedições: Rússia"

 

Sergei Rachmaninov (1873 &ndash 1943): Quarteto de cordas nº 1 em sol menor: Romance e Scherzo

Alexander Borodin (1833 &ndash 1887): Noturno

Piotr Ilitch Tchaikovsky (1840 &ndash 1893): Andante cantabile e Pezzo capriccioso, op. 62

Nikolai Rimsky-Korsakov (1844 &ndash 1908): O galo de ouro: Suíte

Sergei Prokofiev (1891 &ndash 1953): O amor das três laranjas, op. 33: Marcha e Scherzo

 

A música de câmara de Rachmaninov foi praticamente toda composta no início de sua carreira: dois trios, uma sonata para violoncelo e piano, algumas peças para violino e piano e algumas dezenas de canções, além de dois quartetos de cordas incompletos. O Romance e Scherzo são os dois únicos movimentos que restaram do Quarteto de cordas no 1, composto por volta de 1889, quando Rachmaninov tinha apenas dezesseis anos de idade e era ainda estudante do Conservatório de Moscou. O Romance é doce, enquanto o Scherzo é leve e brilhante. Ambos estavam esquecidos e foram descobertos somente após a morte do compositor.

 

Quando Borodin morreu, Rimsky-Korsakov e Glazunov assumiram a hercúlea tarefa de organizar, completar, orquestrar e preparar para edição a herança musical do compositor. Além da ópera Príncipe Igor, restavam três sinfonias e um sem-número de obras inacabadas. Com o intuito de tornar a música do amigo mais conhecida no Ocidente, Rimsky-Korsakov orquestrou, para violino e orquestra, o terceiro movimento (Noturno) do Quarteto de cordas nº 2 de Borodin, composto em 1881 e dedicado à sua esposa, Ekaterina Protopopova. A ideia provou ser boa. Com suas melodias arrebatadoras, o Noturno tem conquistado o público há mais de um século.

 

Em 1871, prestes a completar trinta e um anos, Tchaikovsky ficou lisonjeado com o convite de Anton Rubinstein para preparar um programa de concerto com novas obras suas. Nascia, assim, seu Quarteto de cordas nº 1, cujo segundo movimento (Andante cantabile), de tão belo, levaria Leon Tolstoi às lágrimas. Em 1888, já famoso mundo afora, quando da ocasião de um concerto privado em Paris, Tchaikovsky arranjou o Andante cantabile para violoncelo e orquestra de cordas, conservando a essência da versão original.

 

Foi no dia 28 de fevereiro de 1888, em um concerto privado em Paris, que Tchaikovsky estreou o Pezzo capriccioso, sua segunda obra composta originalmente para violoncelo e orquestra (a primeira foi Variações sobre um tema Rococó, de 1877) e sua última composição completa para solista e orquestra. O Pezzo capriccioso foi composto no mês de agosto de 1887, tanto na versão para violoncelo e piano como para violoncelo e orquestra. A peça consiste de duas seções, uma melancólica, a outra, enérgica. Logo após a exposição, ambas são reapresentadas de maneira reduzida.

 

O galo de ouro foi a última ópera de Rimsky-Korsakov. Composta em 1907, contendo três atos, um prólogo e um epílogo, foi baseada no conto de fadas O conto do galo de ouro, de Alexander Pushkin. Pelas fortes conotações políticas, a censura da época sugeriu enormes cortes na história. Rimsky-Korsakov recusou-se a modificar uma vírgula sequer de sua ópera. Acabaria falecendo no ano seguinte sem vê-la no palco. Sua estreia, com cortes, só viria a acontecer em 1909. Após a sua morte, Aleksander Glazunov e Maksimilian Steinberg compilaram quatro dos melhores episódios orquestrais da ópera e os organizaram na forma de uma suíte de concerto.

 

No início do ano de 1918, logo após a Revolução Russa, Prokofiev abandonou seu país natal e rumou para a Califórnia. Sua primeira encomenda nos Estados Unidos foi a composição de uma ópera para a Chicago Opera Association. Nascia assim, em 1919, a ópera O amor das três laranjas, baseada na peça homônima de Carlo Gozzi, com libreto em francês do próprio compositor, escrito com a assistência da soprano brasileira Vera Janacópulos. A estreia da ópera se deu em 1921, em Chicago, sob a regência do compositor. A Marcha e o Scherzo são, respectivamente, o terceiro e quarto movimentos da suíte em seis movimentos que Prokofiev compilou, em 1924, com trechos da ópera.

 

Maestro Fabio Mechetti

 

Diretor Artístico e Regente Titular da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais desde sua criação, em 2008, Fabio Mechetti posicionou a orquestra mineira no cenário mundial da música erudita. Além dos prêmios conquistados, levou a Filarmônica a quinze capitais brasileiras, a uma turnê pela Argentina e Uruguai e realizou a gravação de oito álbuns, sendo três para o selo internacional Naxos. Natural de São Paulo, Mechetti serviu recentemente como Regente Principal da Filarmônica da Malásia, tornando-se o primeiro regente brasileiro a ser titular de uma orquestra asiática.

 

Nos Estados Unidos, Mechetti esteve quatorze anos à frente da Orquestra Sinfônica de Jacksonville e, atualmente, é seu Regente Titular Emérito. Foi também Regente Titular das sinfônicas de Syracuse e de Spokane, da qual hoje é seu Regente Emérito. Regente associado de Mstislav Rostropovich na Orquestra Sinfônica Nacional de Washington, com ela dirigiu concertos no Kennedy Center e no Capitólio. Da Sinfônica de San Diego, foi Regente Residente. Fez sua estreia no Carnegie Hall de Nova York conduzindo a Sinfônica de Nova Jersey. Continua dirigindo inúmeras orquestras norte-americanas e é convidado frequente dos festivais de verão norte-americanos, entre eles os de Grant Park em Chicago e Chautauqua em Nova York.

 

Igualmente aclamado como regente de ópera, estreou nos Estados Unidos dirigindo a Ópera de Washington. No seu repertório destacam-se produções de Tosca, Turandot, Carmem, Don Giovanni, Così fan tutte, La Bohème, Madame Butterfly, O barbeiro de Sevilha, La Traviata e Otello.

 

Suas apresentações se estendem ao Canadá, Costa Rica, Dinamarca, Escandinávia, Escócia, Espanha, Finlândia, Itália, Japão, México, Nova Zelândia, Suécia e Venezuela. No Brasil, regeu todas as importantes orquestras brasileiras.

 

Fabio Mechetti é Mestre em Regência e em Composição pela Juilliard School de Nova York e vencedor do Concurso Internacional de Regência Nicolai Malko, da Dinamarca.

 

 

Philip Hansen, violoncelo

 

Violoncelo Principal da Filarmônica desde 2015, Philip é conhecido por transitar entre diversos gêneros musicais e pela participação em projetos educacionais e comunitários. Foi embaixador do Departamento de Estado de Cultura dos Estados Unidos na Rússia e artista residente nos conservatórios centrais de Pequim e Shangai, além de professor por longa data da Académie Internationale Musicale em Provença, na França. É fundador e Diretor Artístico do Festival de Música de Câmara Quadra Island, no Canadá. Possui um álbum solo dedicado ao tango, Bragatissimo, que vem sendo tocado em rádios importantes como a NPR dos Estados Unidos e a CBC. Philip também compôs a música tema de Charlie the Cello, um livro infantil e também produção teatral de Deborah Nicholson, em que toca junto à Filarmônica de Calgary (Canadá).

 

Ara Harutyunyan, violino

 

Ara nasceu em uma família de músicos em Yerevan, na Armênia, onde começou a estudar violino aos oito anos. Ao longo de sua carreira, apresentou-se como solista e músico de câmara em seu país e também na Rússia, Geórgia, Quirguistão, Suíça, Líbano, Síria e Estados Unidos. Venceu o Jacoby Soloist Competition da Universidade de Wyoming e foi nomeado finalista nacional do MTNA Young Artist String Competition, ambas nos Estados Unidos. Como solista, músico de câmara e spalla da orquestra da Universidade de Wyoming, realizou muitos concertos na América do Norte lecionou violino como membro do String Project da instituição. Foi músico da Filarmônica Nacional da Armênia e spalla assistente da Sinfônica de Cheyenne.  Em 2014, mudou-se para o Brasil para assumir o mesmo cargo na Filarmônica.

 

Rodrigo M. Braga, violino

 

Rodrigo foi violinista da Orquestra do Theatro Municipal de São Paulo e spalla frente a grupos como Camerata Fukuda, Camerata Zajdenbaum, Promété, Ostinato e Académie Nice Festival Orchestra. No início da carreira, recebeu o segundo lugar no Concurso Nacional de Cordas Paulo Bosísio (2005) e venceu o Prêmio Eleazar de Carvalho e o programa Prelúdio da TV Cultura, ambos em 2006. Diplomou-se pelo Conservatório de Paris na classe de Suzanne Gessner e pela École Normale de Musique de Paris na classe de Devy Erlih. Frequentou aulas de música de câmara com o Quarteto Ysaÿe e participou de masterclasses com Patrice Fontanarosa, Stephan Picard, Roland Daugareil, Luc Héry e Maxim Vengerov. É membro da Filarmônica desde 2013.

 

Katarzyna Druzd, viola

 

Integrante da Filarmônica desde seu primeiro ano, Katarzyna é uma violista de grande experiência internacional, tendo se apresentado na Áustria, Irlanda, China, Japão, Rússia, Alemanha, Finlândia e muitos outros países. Participou de vários grupos de câmara e orquestras, entre elas as sinfônicas da Polish National Radio, da Silesian Philharmonic, da Zabrze Philharmonic e da Czestochowa Philharmonic, além da Silesian Chamber Orchestra. No Brasil, integrou o quarteto Taron e atualmente faz parte do quarteto Horizonte. Katarzyna iniciou seus estudos musicais aos sete anos em sua cidade natal, Bytom, no sul da Polônia. Concluiu sua formação dezoito anos depois, na Academia de Música Karol Szymanowski. Já como musicista profissional, participou de masterclasses com músicos como Avri Levitan e Doris Lederer e de concursos e festivais de música como o Youth Orchestra Festival.

 

 

Robson Fonseca, violoncelo

 

Mineiro de São João del-Rei, Robson já se apresentou nas principais salas de concerto do país, como recitalista e camerista. Em 2009, formou-se pela USP, instituição pela qual obteve o I Prêmio Olivier Toni. No ano seguinte, teve aulas com Matias de Oliveira Pinto na Alemanha, e, em 2011, concluiu seus estudos na Universidade de Münster e ingressou na Filarmônica. Durante seis anos, foi chefe de naipe dos violoncelos da Sinfônica de Ribeirão Preto e professor na Escola de Música de Sertãozinho. Robson também foi bolsista do Festival de Campos do Jordão e participou de vários outros festivais nacionais, além de ter se apresentado no Teatro Cólon (Buenos Aires) e em Montevidéu. Foi integrante do Quarteto Mineiro de Cordas, com o qual venceu o Concurso de Música de Câmara da UFMG. Hoje, Robson é membro do quarteto Horizonte e dos trios Belo Horizonte e Villa-Lobos.

 

Sobre a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais

 

Criada pelo Governo do Estado e gerida pela sociedade civil, a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais fez seu primeiro concerto em 2008, há dez anos. Diante de seu compromisso de ser uma orquestra de excelência, cujo planejamento envolve concertos de série, programas educacionais, circulação e produção de conteúdos para a disseminação do repertório sinfônico brasileiro e universal, a Filarmônica chega a 2018 como um dos mais bem-sucedidos programas continuados no campo da música erudita, tanto em Minas Gerais como no Brasil. Reconhecida com prêmios culturais e de desenvolvimento econômico, a nossa Orquestra, como é carinhosamente chamada pelo público, inicia sua segunda década com a mesma capacidade inaugural de sonhar, de projetar e executar programas valiosos para a comunidade e sua conexão com o mundo.

 

Números da Filarmônica de Minas Gerais em 10 anos (até dezembro de 2017)

950 mil espectadores 

731 concertos realizados

975 obras interpretadas

102 concertos em turnês estaduais   

38 concertos em turnês nacionais

5 concertos em turnê internacional

90 músicos

527 notas de programa publicadas no site

164 webfilmes (13 com audiodescrição)

1 coleção com 3 livros e 1 DVD sobre o universo orquestral

4 exposições itinerantes e multimeios sobre música clássica

3 CDs pelo selo internacional Naxos (Villa-Lobos)

1 CD pelo selo nacional Sesc (Guarnieri e Nepomuceno) 

3 CDs independentes (Brahms&List, Villa-lobos e Schubert)

1 trilha para balé com o Grupo Corpo

1 adaptação de Pedro e o Lobo, de Prokofiev, para orquestra e bonecos com o Grupo Giramundo

 

 

 

SERVIÇO:

 

Fora da Série

26 de maio &ndash 18h

Expedições: Rússia

Sala Minas Gerais

 

Fabio Mechetti, regente

Philip Hansen, violoncelo

Ara Harutyunyan, violino

Rodrigo M. Braga, violino

Katarzyna Druzd, viola

Robson Fonseca, violoncelo

 

 

RACHMANINOV                           Quarteto de cordas nº 1 em sol menor: Romance e Scherzo

BORODIN/Rimsky-Korsakov      Noturno

TCHAIKOVSKY                              Andante cantabile

TCHAIKOVSKY                              Pezzo capriccioso, op. 62

RIMSKY-KORSAKOV                    O galo de ouro: Suíte

PROKOFIEV                                  O amor das três laranjas, op. 33: Marcha e Scherzo

 

 

Ingressos: R$ 44 (Coro), R$ 50 (Balcão Palco) R$ 50 (Mezanino), R$ 68 (Balcão Lateral), R$ 92 (Plateia Central) e R$ 116 (Balcão Principal).

 

Meia-entrada para estudantes, maiores de 60 anos, jovens de baixa renda e pessoas com deficiência, de acordo com a legislação.

 

Informações: (31) 3219-9000 ou www.filarmonica.art.br

 

Funcionamento da bilheteria:

Sala Minas Gerais &ndash Rua Tenente Brito Melo, 1090 &ndash Bairro Barro Preto

De terça-feira a sexta-feira, das 12h às 20h.

Aos sábados, das 12h às 18h.

Em quintas e sextas de concerto, das 12h às 22h

Em sábados de concerto, das 12h às 21h.

Em domingos de concerto, das 9h às 13h.

 

São aceitos cartões com as bandeiras Amex, Aura, Redecard, Diners, Elo, Hipercard, Mastercard, Redeshop, Visa e Visa Electron.

https://www.filarmonica.art.br/

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