Mostra de Cinema de Tiradentes chega aos 20 anos, homenageia Leandra Leal e Helena Ignez e exibe 108 filmes em nove dias de programação gratuita

DATA

  • 20/01/2017 à 28/01/2017
  • Hora início: 19:00
  • Hora fim: 22:00

PREÇOS

  • Entrada Franca

Entre os dias 20 e 28 de janeiro, a cidade histórica mineira se transforma no centro do audiovisual brasileiro,  celebra a diversidade e a presença da mulher na produção nacional, exibe
longas e curtas inéditos e promove mesas de debate, shows e lançamentos de livros

 

A Mostra de Cinema de Tiradentes celebra duas décadas de história, de 20 a 28 de janeiro, e reúne todas as manifestações da arte numa programação abrangente e gratuita. Exibe de 108 filmes brasileiros em pré-estreias nacionais, realiza o 20º Seminário do Cinema Brasileiro que inclui debates, mesas temáticas, diálogos audiovisuais e a série Encontro com a Crítica, o diretor e o público, promove 10 oficinas com oferta de 240 vagas, a Mostrinha de Cinema para o público infantojuvenil, exposições, cortejo da arte e atrações artísticas, beneficiando um público estimado em mais de 35 mil pessoas.

 

&ldquoA Mostra de Cinema de Tiradentes celebra seus 20 anos como principal fonte de inovação e projeção do cinema brasileiro no país. No decorrer de sua trajetória, testemunhou o surgimento de uma nova geração de realizadores e favoreceu a visão de conjunto. Permitiu visualizar novos rumos, cresceu e renovou-se. A cada edição, imprime sua identidade e faz proposições consolidando-se como um espaço enriquecedor de exibição e discussão do cinema brasileiro contemporâneo, que a tornou única e desejada&rdquo, registra Raquel Hallak, diretora da Universo Produção e coordenadora da Mostra Tiradentes.

 

ABERTURA E HOMENAGENS

A cidade histórica de Tiradentes recebe a instalação de três espaços de exibição: Cine-Tenda, Cine-Teatro e Cine-Praça e abre a programação, no dia 20, às 21h, no Cine-Tenda prestando homenagens às atrizes, produtoras e diretoras Helena Ignez e Leandra Leal, duas das mais importantes intérpretes e criadoras do audiovisual brasileiro nos últimos anos, que receberão o Troféu Barroco. Na sequência, será exibido o documentário Divinas Divas, estreia de Leandra Leal na direção. O tributo se estende ao longo do fim de semana, com a exibição dos filmes da Mostra Homenagem e o debate &ldquoO percurso de Helena Ignez e Leandra Leal&rdquo, que vai reunir as duas no centro de um bate-papo com a plateia, críticos e pesquisadores convidados. O encerramento será no dia 28, com exibição do filme mineiro A Cidade onde Envelheço, de Marília Rocha.

A temática central da Mostra em 2017 é &ldquoCinema em Reação, Cinema em Reinvenção&rdquo. A proposta, desenvolvida pelo curador Cleber Eduardo, é colocar em debate um cinema que reage a seu espaço e a seu tempo histórico. O mote foi a efervescência social e política ao longo de 2016, no intuito de estimular uma reflexão sobre as maneiras como o cinema e a arte se movem neste contexto. &ldquoA discussão a se propor é que a reação aos recentes acontecimentos políticos ou sociais, através do cinema, só terá força se o cinema for colocado como carro-chefe, e não como palanque, megafone, hashtag ou militância&rdquo, diz o curador. &ldquoSe a militância estiver à frente dos filmes, o efeito será limitado. Para um cinema verdadeiramente político, a estética deve estar ao lado ou à frente do político&rdquo, diz o curador. 

 

O BRASIL NAS TELAS DE TIRADENTES

A programação da 20ª Mostra de Cinema de Tiradentes exibirá 108 filmes &ndash sendo 34 longas, dois médias,  e 72 curtas-metragens, oriundos de 13 Estados do país: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Ceará, Pernambuco, Paraná, Maranhão, Espírito Santo, Distrito Federal, Goiás, Paraíba, Bahia e Rio Grande do Sul. A seleção de longas está dividida em nove mostras temáticas (Aurora, Homenagem, Olhos Livres, Cinema em Reação, Horizonte, Praça, Bendita, Sessão-Debate e Mostrinha), enquanto a de curtas está em dez seções (Foco, Panorama, Homenagem, Praça, Cena Mineira, Cena Regional, Experimentos, Formação, Jovem e Mostrinha).  

O curador de longas, Cléber Eduardo, conta que boa parte dos filmes parte de reações do cinema ao atual estado das coisas no Brasil, em aspectos políticos e sociais, e também seguem caminhos de risco e ousadia no trato com a estética. Uma marca inédita deste ano é a de longas dirigidos por mulheres: entre os 29 novos títulos selecionados, 12 são de realizadoras, 41% dos selecionados. A força feminina no audiovisual será reconhecida com o Troféu Helena Ignez, criado este ano e que será entregue durante a Mostra a alguma profissional que tenha se destacado em qualquer área na feitura de algum dos filmes em exibição. 

Chegando à sua 10ª edição, a Mostra Aurora &ndash dedicada a novos realizadores que proponham novas formas de estética &ndash conta com sete participantes a serem avaliados pelo Júri da Crítica. O ganhador leva o Troféu Barroco e prêmios de parceiros do evento. Estão na programação: &ldquoBaronesa&rdquo (MG), de Juliana Antunes &ldquoCorpo Delito&rdquo (CE), de Pedro Rocha &ldquoEu não Sou Daqui&rdquo (MG), de Luiz Felipe Fernandes e Alexandre Baxter &ldquoHistórias que nosso Cinema (não) Contava&rdquo (SP), de Fernanda Pessoa &ldquoSem Raiz&rdquo (SP), de Renan Rovida &ldquoSubybaya&rdquo (MG), de Leo Pyrata e &ldquoUm Filme de Cinema&rdquo (SP), de Thiago B. Mendonça.

Para refletir sobre a primeira década da Aurora e o impacto da mostra no cenário do cinema brasileiro independente, acontece, durante o evento, a mesa &ldquoMostra Aurora 10 Anos: Percurso e Reflexão&rdquo, com a presença de diretores cujos filmes foram premiados. Entre eles Allan Ribeiro (&ldquoMais do que Eu Possa me Reconhecer&rdquo, 2015), Adirley Queirós (&ldquoA Cidade é uma Só?&rdquo, 2012), Pedro Diógenes (&ldquoEstrada para Ythaca&rdquo, 2010), Tiago B. Mendonça (&ldquoJovens Infelizes ou um Homem que Grita não é um Urso que Dança&rdquo, 2016) e Tiago Mata Machado (&ldquoOs Residentes&rdquo, 2011).

Nos curtas-metragens deste ano, a curadoria ficou a cargo de Francis Vogner, Pedro Maciel Guimarães e Lila Foster.  Uma novidade em 2017 é a mostra Experimentos, que reúne filmes com novas proposições nas relações entre som e imagem, casos de A propósito de Willer, de Priscyla Bettim e Renato Coelho (SP) Confidente, de Karen Akerman e Miguel Seabra Lopes (RJ) Gozo/Gozar, de Luiz Rosemberg Filho (RJ) e Sem Título # 3: E para que Poetas em Tempo de Pobreza?, de Carlos Adriano (SP).

Para Lila Foster, integrante da curadoria, o experimental chamou atenção no processo de seleção. &ldquoTeve uma quantidade expressiva de filmes com essas propostas e um desejo potente de tomar o cinema como arte autorreferencial e em ligação direta com o trabalho de poetas literários e cinematográficos&rdquo, diz ela. &ldquoA experiência com os aspectos plásticos e o registro do mundo natural condensaram um olhar para a matéria-prima do mundo artístico e da natureza, ressaltando que nossos olhos e ouvidos precisam existir, antes de tudo, de forma livre&rdquo.

 

DEBATES, ENCONTROS E OFICINAS

No centro dos debates do 20º Seminário do Cinema Brasileiro estão mais de 60 profissionais do audiovisual - críticos, jornalistas, pesquisadores, cineastas, professores e curadores para reflexões sobre a programação de filmes, políticas e estéticas do audiovisual brasileiro.  O Seminário acontece no Cine-Teatro do Centro Cultural Yves Alves Sesiminas e inclui os debates da série &ldquoEncontros com Diretor, Crítica e Público&rdquo, em que um profissional convidado apresenta sua visão sobre determinado filme exibido na Mostra, o realizador comenta seu trabalho e a plateia participa com perguntas e observações. Compõem as mesas os longas das mostras Aurora, Olhos Livres, Horizontes e os curtas da Mostra Foco. Já a temática central do evento, Cinema em Reação, Cinema em Reinvenção, será refletida em duas mesas dedicadas a analisar dois aspectos principais: &ldquoQuestões de representatividade e proposta estética&rdquo e &ldquoCirculação e Visibilidade&rdquo.

Para além dos filmes e encontros, a Mostra Tiradentes promove temporada intensa de ações culturais, entre elas 10 oficinas com 240 vagas (como direção e atuação, noções de montagem e edição, trilha sonora e realização em curta digital), exposições, lançamentos de livros, cortejos, teatro de rua, performances audiovisuais e intervenções artísticas, para públicos diversos e de todas as idades.

 

CINEMA (ARTE) DE REAÇÃO

 A temática &ldquoCinema em reação, Cinema em reinvenção&rdquo, proposta para esta edição, também estará refletida no palco do SESC Cine Lounge &ndash espaço interativo instalado no Complexo de Tendas que promove o encontro de todas as artes com o cinema. O espaço ganha uma programação que vai privilegiar o trabalho autoral e independente a partir de uma proposta curatorial desenvolvida pela equipe do Sesc, que assina a parceria cultural do evento.

A curadoria artística definiu quatro temas para nortear a escolha das atrações desta edição - a Identidade como processo, o Território como matéria-prima (em detrimento da representação), a Arte entre a política e a micropolítica e a Hibridização de linguagens. As apresentações acontecem no Sesc Cine Lounge e no Largo das Fôrras (praça principal da cidade).

Performances, Vídeo-arte, intervenções artísticas, rodas de conversa representam o momento atual da produção artística contemporânea e mostram como os artistas têm reagido a este momento. O público poderá conferir a atuação dos artistas e grupos &ldquoAs Bahias e a Cozinha Mineira&rdquo, &ldquoConstantina&rdquo &ldquo Djalma Não Entende de Política&rdquo, &ldquoSiba&rdquo, &ldquoCoutto Orchestra&rdquo, &ldquoBarulhista&rdquo, &ldquoOpavivará&rdquo, &ldquoMiro Soares&rdquo, &ldquoDavid Maurity&rdquo.

O tradicional &ldquoCortejo das Artes&rdquo, que acontece no dia 21, sábado, às 16h30, com saída da Igreja do Rosário, irá percorrer as ruas de Tiradentes com inúmeras atrações ligadas à cultura popular e tradicional, desde congados e folias de reis, passando por blocos carnavalescos e envolvendo palhaçaria, teatro de rua, bonecos, entre outros.

 

Destaque para os blocos &ldquoSamba do Queixinho&rdquo e &ldquoCorte Devassa&rdquo para os bonecos do Mestre Quati para a Guarda de Congo N. Sra do Rosário para a Associação Casa do Tesouro (grupo de dança afro) e para a Banda Ramalho. Nos dias 23 e 28, a animação fica por conta dos grupos de teatro de rua &ldquoCia Circunstância&rdquo e &ldquoMaria Cutia&rdquo.  

Nas telas do Sesc Cine Lounge, o coletivo #eufaçoaMOSTRA exibe a cobertura do evento realizada em mídias móveis com produção de conteúdos audiovisuais interativos e instantâneos que integram a Campanha #eufaçoaMOSTRA. Os microvídeos deste ano serão realizados pela Macaca Filmes e coordenados pelo videomaker Luis Bocchino.

Uma novidade desta edição é a participação da artista &ldquoCriola&rdquo, conhecida por seu trabalho engajado em favor do empodeiramento da mulher negra brasileira, possui grafites pelas ruas de diversas cidades no mundo, revelando formas e cores que remontam à ancestralidade da cultura africana. Dentro do &ldquoProjeto Parede&rdquo, que o Sesc leva à programação de Tiradentes este ano, Criola irá realizar um &ldquowork in process&rdquo aberto à apreciação do público durante os dias do festival, ao lado do Sesc Cine Lounge.

TODA PROGRAMAÇÃO É OFERECIDA GRATUITA AO PÚBLICO.

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Acompanhe a 20ª Mostra de Cinema de Tiradentes e o programa Cinema Sem Fronteiras 2017.

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