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Estado de Minas Belezas do Brasil

Conheça o Maranhão muito além dos Lençóis

Um dos destinos mais famosos no Nordeste encanta pela exuberância de seus atrativos naturais e pela imensidão das dunas. Na capital, São Luís, vale aproveitar o passeio pelo Centro Histórico, conhecer o artesanato e a comida local


23/05/2017 07:12 - atualizado 23/05/2017 12:04

(foto: Carlos Altman/EM)
(foto: Carlos Altman/EM)
Conhecido pelas belezas naturais, Maranhão é um famoso destino por abrigar o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses. Para quem é de fora do estado, a principal porta de entrada é a cidade de São Luís, onde está localizado o aeroporto mais próximo do parque. A dica é ficar pelo menos uma noite na capital para fazer um city tour no Centro Histórico e admirar a arquitetura, que compõe um belíssimo cenário considerado patrimônio cultural da humanidade pela Unesco desde 1997, além de provar a rica culinária local.


PARQUE NACIONAL DOS LENÇÓIS MARANHENSES E ENTORNO

(foto: Turismo de Minas/divulgação)
(foto: Turismo de Minas/divulgação)

Engana-se quem pensa que as belezas do Maranhão estão apenas no Parque Nacional dos Lençóis. O maravilhoso deserto de 155 mil hectares, 80% formado por dunas, é realmente de impressionar. Mas, a região reserva outras atrações que podem ser aproveitadas em qualquer época do ano. A alta temporada – de junho a setembro –, é o período que mais recebe turistas. No entanto, durante a baixa temporada, o cenário também é de tirar o fôlego e não deixa a desejar. Ainda tem a vantagem dos preços mais baixos nos pacotes de passeios e hospedagens.


BARREIRINHAS

(foto: Edvaldo Ugarte/divulgação)
(foto: Edvaldo Ugarte/divulgação)

Barreirinhas, cidade a 260 quilômetros da capital, acessível pela MA-402, é a porta de entrada para o parque. Nos aventuramos em um roteiro emocionante e encantador, ideal para uma permanência de pelo menos cinco dias. As atividades são iniciadas bem cedo, para aproveitar ao máximo. No primeiro passeio, a bordo de uma jardineira 4x4, adaptada para levar até 11 pessoas, percebemos que a aventura seria boa. Esse tipo de veículo é o mais adequado meio de transporte para se utilizar na região. A vida na cidade, que tem pouco mais de 60 mil habitantes, entre zona urbana e as comunidades, é simples, mas também prazerosa. O turismo foi um dos propulsores da economia local e os moradores se adequaram à atividade, além de à agricultura familiar. O artesanato também está por toda parte. São várias lojinhas com itens produzidos a partir da fibra de buriti, típica da região.


TAPUIO

(foto: Edvaldo Ugarte/divulgação)
(foto: Edvaldo Ugarte/divulgação)

Para chegar até a comunidade de Tapuio, é preciso atravessar o leito do Rio Preguiças. O modo utilizado é uma balsa, que rapidamente transpõe turistas e automóveis de uma margem para a outra. De volta à jardineira, continuamos o trajeto por uma estrada de terra um pouco castigada pela chuva, o que confere um toque de emoção ao passeio. Na comunidade Tapuio, a surpresa de uma tradição antiga, a fabricação artesanal de farinha de mandioca. A Casa de Farinha coletiva é sempre movimentada pela população local, os membros da família produzem para o próprio consumo e todos participam do processo, desde descascar a mandioca até levar a massa peneirada para o forno. No entorno da casa de farinha, nos encontramos novamente com o Rio Preguiças quase sem correnteza, ideal para a prática do stand up paddle (SUP). Minutos antes de se jogar na água, é preciso fazer uma pequena aula para receber as orientações do instrutor. Depois de seguir todas as dicas é só praticar, manter o equilíbrio e curtir a natureza ao redor. Após o SUP, seguimos rumo à Lagoa da Esperança, uma das lagoas perenes da região, atração para o ano todo, já que suas águas nunca secam. A temperatura da água é convidativa a um mergulho e ao deleite da paisagem, ainda mais se der tempo de aproveitar o pôr do sol.


CARDOSA


Na comunidade Cardosa, a atração é o boia-cross. Seguir o curso do sinuoso Rio Formiga de pernas para o ar é uma atividade relaxante e bem gostosa. A quantidade de chuva é que dita o ritmo da correnteza do rio. Em média, a descida dura uma hora. Ao longo do passeio, é possível parar para se banhar e aproveitar para admirar a população ribeirinha, mulheres lavando roupas e crianças brincando na beira do rio.


RIO PREGUIÇAS

(foto: Edvaldo Ugarte/divulgação)
(foto: Edvaldo Ugarte/divulgação)

A bordo da lancha voadeira, voltamos ao Rio Preguiças em um percurso de aproximadamente 2 horas de Barreirinhas até Atins. Durante o passeio, percebemos a riqueza e a diversidade da vegetação. São igarapés, manguezais, buritis e pés de juçara – o famoso açaí. Durante todo o percurso, nosso monitor ambiental, J. Júnior, fazia os relatos com riqueza de detalhes sobre as curiosidades da região e da população local. Ele é um verdadeiro conhecedor daquelas terras.
Antes do destino final, outras duas paradas imperdíveis. Na Praia de Vassouras, encontramos as formações das lagoas conhecida como Pequenos Lençóis. As dunas e águas cristalinas rendem boas fotos. A segunda parada é no vilarejo de Mandacaru, onde está localizado o Farol Preguiças, que, do alto dos seus 54 metros, acessíveis pelos 160 degraus, é possível avistar e contemplar as belezas da região, inclusive o ponto de encontro da água doce e salgada, onde o rio deságua no mar.


ATINS

(foto: Edvaldo Ugarte/divulgação)
(foto: Edvaldo Ugarte/divulgação)

Atins é um povoado de pescadores em uma localização privilegiada, próximo aos Grandes Lençóis. Um verdadeiro paraíso conservando o que há de mais rústico. Sinal de celular não existe. A vida em Atins é movimentada pela pesca e o pelo turismo, e os moradores desfrutam do privilégio de viver em um paraíso sossegado e ‘desligado’.O local foi descoberto pelos estrangeiros e muitos já garantiram um pedacinho de terra por lá, abrindo pousadas e restaurantes.Atins é a entrada leste do parque e novamente a bordo da jardineira nos aventuramos por um cenário irreverente. Depois de cruzar igarapés e terrenos inundados, avistamos bodes e outros animais. O curioso é ver a transformação da paisagem,com a vegetação dando lugar às imponentes dunas.No Canto de Atins, o imperdível é, sem sombra de dúvida, o camarão na brasa no Restaurante do Sr. Antônio. A receita de família é a prata da casa. O espaço é simples e aconchegante e com tanta receptividade, que quase não dá vontade de ir embora. Saboreamos o tradicional camarão branco grelhado na brasa, que é pescado nas proximidades, acompanhado de arroz, feijão de corda e suco de caju. A opção do peixe grelhado também com os acompanhamentos não deixa a desejar e está entre os mais pedidos. Quem comanda a cozinha é dona Magnólia, esposa de Antônio, que aprendeu com o marido a receita de sucesso da sogra. Depois de aproveitar o almoço, ainda pudemos relaxar no balanço das redes que ficam à disposição dos clientes.


PARQUE NACIONAL

(foto: Edvaldo Ugarte/divulgação)
(foto: Edvaldo Ugarte/divulgação)

À medida que o veículo avança pelas dunas é possível encontrar outras lagoas. A cada monte de areia que surgia diante dos nossos olhos, nos deparávamos imediatamente com águas cristalinas e uma paisagem estonteante. Era impossível controlar as expressões de admiração pela beleza do local. Cada lagoa é única e as formações variam de acordo com a quantidade de chuva e também da força dos ventos, que modelam a paisagem de tempos em tempos.As dunas têm formação barcana, que lembra os cascos dos barcos e, na região do parque, é possível encontrar dunas de até 40 metros. Por questões de preservação, o acesso de veículos tracionados na região é limitado; por isso, em um determinado ponto tivemos que deixar o carro para trás e botar o pé na areia – o que não foi nenhum sacrifício –, já que ter a areia fofa entre os dedos é uma sensação ímpar. Em outros trechos o passeio se torna ainda mais fácil pela firmeza da areia sob os pés. Após um tempo de caminhada, a recompensa: mais lagoas cristalinas e um imenso deserto sem fim no horizonte. Depois de muitas fotos e poses, a nossa diversão era seguir com destreza a orientação do J.Júnior, para descer as dunas em segurança. “É só fincar o calcanhar na areia, jogar um pouco o corpo para trás e largar o freio de mão”, ensinou. E então lá estávamos nós frente a Lagoa Guajiru, para garantir um mergulho revigorante. As águas cristalinas das chuvas ficam represadas pelos paredões de areia e dão o toque especial à paisagem. É uma experiência incrível, que relaxa o corpo e a mente.


PRAIA DE CABURÉ

(foto: Turismo de Minas/divulgação)
(foto: Turismo de Minas/divulgação)

O retorno para Barreirinhas teve mais emoção ainda. Saímos de Atins e seguimos para a Praia de Caburé, onde nosso veículo passou a ser um quadriciclo. Foram cerca de 3 horas de viagem entre paisagens que se alternavam pelo caminho, com a presença de dunas e trechos alagadiços. Dá vontade de emoldurar a paisagem ao redor. E o melhor, ainda tem a pausa para um delicioso banho nas lagoas pelo caminho. A verdade é que, não importa a época, visitar o Maranhão é uma experiência contagiante e que vale muito a pena ser vivida. É um excelente destino para apreciar as belezas naturais do Brasil e ainda renovar as energias.

SERVIÇO

 


PASSEIOS

A Taguatur tem opções de passeios na capital maranhense e nos principais destinos da região. www.taguaturonline.com.br
(98) 2109-6400
• Sobrevoo pelo parque – R$ 300 (por pessoa) com a Empresa AVA www.voeava.com.br (98) 99141-0793
• Passeio até a Lagoa da Esperança (Parque Nacional Lençóis), de jardineira, das 13h30 até as 18h – R$ 100 por pessoa (para passeio em grupo)
• Passeio de lancha para o Tapuio e ver o processo artesanal de fabricação de farinha – R$ 60 por pessoa (para passeio em grupo)
• Boia-cross no Rio Formiga – R$ 80 por pessoa
• Passeio de lancha pelo Rio Preguiças, paradas nos Pequenos Lençóis, Mandacaru e Praia do Caburé – R$ 70 para o passeio em grupo. Lancha privativa a partir de R$ 400
• Passeio para o Atins em jardineira até a Lagoa do Guajiru (Parque Nacional), com visita ao Canto de Atins e parada para almoço no Restaurante do Sr. Antônio – R$ 130
• Quadriciclo (Caburé até Barreirinhas) passando pelos pequenos Lençóis
R$ 350 para até 2 pessoas

SÃO LUÍS

» Onde se hospedar?
• Brisamar Hotel – Rua São Marcos, 12, Ponta d'Areia – (98) 2106-0606
www.brisamar.com.br/
• Hotel Pestana São Luís – Av. Avicenia, Lote 01, Calhau
www.pestana.com/br/hotel/pestana-sao-luis

» Onde comer?
• Sabina Restaurante – Av. Avicenia, Lote 1, Lj B, Calhau – (98) 3235-5969 e
(98) 2106-0535

BARREIRINHAS


» Onde se hospedar?
• Pousada Encantes do Nordeste, charmosos chalés em uma estrutura confortável e elegante. Tarifas a partir de R$ 270 casal (baixa temporada) até R$ 358 (alta) – www.encantesdonordeste.com.br – (98) 3349-0260 e 98857-4425
• Pousada Buriti, bem localizada próximo ao Centro da cidade, oferece conforto e praticidade. Tarifas a partir de R$ 285 casal (baixa) até R$ 369 (alta) – www.pousadadoburiti.com.br (98) 3349-1802 e (98) 98601-0398
• Porto Preguiças Resort, situado em um local mais reservado, com sofisticação e conforto. Tarifas a partir de R$ 370 casal (baixa) até R$ 646 (alta) / www.portopreguicas.com.br – (98) 3349-6050

» Onde comer?
• Restaurante Bambaê, às margens do Rio Preguiças, opção para almoço e jantar. Tem cardápio diferenciado com grelhados e saladas, petiscos e sanduíches, além de doces regionais e sucos naturais variados. (98) 99167-3414
• Restaurante A Canoa, no centrinho da cidade, tem excelentes opções de drinques. Experimente a caipirinha de bacuri, fruta típica da região, e os bolinhos de carne e camarão com molho de pimenta, um dos destaques do local. (98) 3349-1724
• Restaurante Buriti, localizado na pousada de mesmo nome, oferece opção de almoço e jantar. Destaque para o peixe empanado com castanha-de-caju, delicioso e crocante. (98) 3349-1802

ATINS


» Onde se hospedar?
• Pousada Jurará e Vila Jurará – tarifas a partir de R$ 280 – www.pousadajurara.com.br –
(98) 98726-9007 e 99217-1702
• Pousada do Irmão – R$ 200 (casal) – pousadairmaoatins.blogspot.com.br –
(98) 3349-5013 e 98864-4288

» Onde comer?
• Sebastian Bar – (11) 96496-1032
• Restaurante do Irmão (98) 3349-5013 e (98) 98864-4288
• Restaurante do Sr. Antônio (Canto do Atins) – (98) 98881-3138 e (98) 99245-8699

*A repórter viajou a convite da Taguatur com apoio do setor turístico maranhense


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