O complexo, com 19 mil hectares de mata atlântica, conta com trilhas sinalizadas e mirantes de observação que levam os visitantes a áreas que permanecem exatamente como eram há mais de 1 mil anos, sem qualquer interferência do homem. Este mês, será concluída a licitação para que a iniciativa privada gerencie os atrativos destinados aos turistas e, já a partir de maio, o parque terá novas atrações disponíveis.
Além de ver espécies únicas da árvore que deu nome ao país – a maioria com mais de 1.500 anos e tamanhos enormes – e vários outros tipos espalhados por uma imensa floresta primitiva, os visitantes têm opções de curtir esportes de aventura, como tirolesa, rapel e arvorismo. O projeto conta com o apoio da Associação Despertar Trancoso (ADT), que desenvolve o projeto Vizinhos do Parque, com foco no empoderamento de jovens e mulheres de duas comunidades do entorno do parque.
ALDEIA
Para o turista interessado no contato com a natureza e com a cultura nativa (pré-colonização portuguesa), a visita à reserva Pataxó da Jaqueira também é uma excelente opção. A dois quilômetros da costa, em meio à mata tropical, a reserva abriga 32 famílias da tribo pataxó – 105 nativos moram na aldeia atualmente.
Os visitantes são levados por um guia mirim da tribo em trilhas numa área de 827 hectares, sendo quase metade de mata primitiva, e aprendem detalhes sobre a rica cultura indígena, como técnicas de caça, de culinária e armadilhas para pegar animais. A aldeia, fundada em 1998, preserva tradições, como o idioma patxohã, e os nativos são muito receptivos para compartilhar suas histórias.
A aldeia é uma das 38 do povo pataxó existentes no Sul da Bahia e as histórias contadas pelos próprios nativos levam a uma reflexão sobre o respeito pela natureza e sobre o conflito de civilizações que até hoje existe em nosso país. Ao fim do roteiro, os índios preparam peixe assado na folha de patioba (espécie de palmeira). Vale a pena experimentar!
Os viajantes interessados em saber mais sobre a história do descobrimento do Brasil (ou achamento, ou conquista – a interpretação fica à escolha de cada um) encontram ótima opção no Centro Histórico de Porto Seguro. O lugar é o primeiro núcleo habitacional do Brasil e preserva casario remanescente do século 16, quando os portugueses começaram, aos poucos, a ocupar as terras tupiniquins.
Tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) desde 1973 como patrimônio histórico, e reconhecido pela Unesco como patrimônio natural da humanidade em 2000, no Centro Histórico está o marco do descobrimento, (trazido de Portugal, na frota de Pedro Álvares Cabral, a peça de mármore registra a propriedade da Coroa portuguesa sobre a região). Tem ainda a Igreja de São Benedito, construída pelos jesuítas ao lado da primeira escola jesuíta do Brasil, e a Casa da Câmara e Cadeia, que hoje abriga o Museu de Porto Seguro.
GASTRONOMIA E ARTESANATO
Mistura de zona boêmica com feira de rua, a Passarela do Descobrimento, conhecida popularmente como Passarela do Álcool, é um ponto tradicional muito movimentado da região central de Porto Seguro. Lá se encontram lojas de artesanato de todo tipo, suvenires, butiques, além de barracas com comidas típicas do estado, chocolates artesanais e bebidas exóticas – exemplo: o capeta, que mistura vodka, leite condensado, guaraná em pó e outras frutas à escolha do cliente, por R$ 15, o copo grande.
A Rua do Mucugê, no Centro do distrito de Arraial d'Ajuda, é outro lugar rico e imperdível para quem gosta de experimentar a culinária local e passear em lojas com tudo quanto é tipo de produto. A rua, que ganhou o apelido de “A mais charmosa do Brasil”, tem, ao mesmo tempo, aspecto rústico e sofisticado. Em meio às casas de shows e restaurantes com variadas especialidades e preços, os visitantes podem encontrar artigos de moda de praia e objetos de artesanato, que vão dos mais simples e baratos aos mais glamourosos e caros.
*O repórter viajou a convite da Secretaria de Turismo de Porto Seguro e do Convention Visitors Bureau de Porto Seguro
SERVIÇO
Como chegar:
» Porto Seguro
• Voos diretos da Azul (Confins/Porto Seguro)
• Passagens: entre R$ 600 e R$ 1.200 (ida e volta)
ATRAÇÕES:
» Parque Nacional do Pau-Brasil
• Entrada: R$ 17
• Acesso: BA-001 (a 40 minutos do Centro de Porto Seguro)
» Reserva Pataxó da Jaqueira
• Acesso pela BR-367, em direção a Santa Cruz Cabrália
• Entrada: R$ 40
• Os visitantes têm a opção de passar um dia e uma noite juntos da tribo, acompanhando os rituais
e as celebrações nativas, pagando R$ 170
Onde ficar:
» Porto Seguro Eco Resort
• Rua Dr. Antônio Ricaldi, 177, Cidade Alta – Porto Seguro
• Diárias: entre R$ 170 e R$ 300
» Pousada Enseada do Espelho
• Praia do Espelho (entre os distritos de Caraíva e Trancoso, litoral Sul de Porto Seguro)
• Diárias: entre R$ 600 e R$ 900