Anitta fala sobre suas origens e protagoniza dueto com Pedro Bial

A cantora foi a convidada da vez do programa 'Conversa com Bial', na noite desta quinta-feira, 15

por Estado de Minas 16/06/2017 08:19

Reprodução/Twitter
Anitta e Bial entoaram os versos de 'Cruisin' (foto: Reprodução/Twitter)
A convidada da vez do programa Conversa com Bial, foi nada mais nada menos a Anitta, que está estourando com seu novo single, Paradinha. Durante a conversa com Pedro Bial, a cantora falou sobre suas origens, preconceito, autoestima, carreira e a criminalização do funk.

 

Além da sua nova música em espanhol, Anitta já protagonizou duetos com Iggy Azalea e Maluma, dando os primeiros passos em sua carreira internacional. De toda forma, a cantora tem os pés no chão de que "não vai ser tão rápido" e, ainda, revelou não ter vontade de deixar o Brasil. "Eu não penso em morar lá fora. Eu penso em morar no Rio de Janeiro", disse. 

 

A cantora ainda relatou que sofre preconceitos por conta do ritmo musical, pela dança, por ser mais nova e por assumir suas plásticas. "Infelizmente no Brasil, o ritmo popular ainda é ligado a falta de instrução, educação, inteligência e respeito. E também o fato que eu vendo autoconfiança, autoestima para as mulheres. Eu vim da favela, vim do nada, eu não tenho nenhum milionário injetando dinheiro em mim", disse ela, se orgulhando de suas origens. 

 

Defensora do funk como expressão da cultura brasileira, Anitta falou sobre a criminalização do ritmo junto à legislação. "Um absurdo. Mais absurdo que esse Brasil está uma zona, e as pessoas estão preocupadas com o funk", enfatiza. "A pessoa não tem ideia do quanto o funk ajuda uma parte da sociedade que não tem oportunidade de nada. Eu vim da favela e não é todo mundo que consegue, assim como eu. Para você ter uma vida diferente dentro do que está naquele espaço, não tenho palavras para descrever, mas não tem oportunidade", defende a cantora, que ainda ressaltou a geração de empregos que o ritmo impõe. "Um funkeiro hoje, que canta em um baile de favela, ele consegue gerar emprego para ele, para o motorista, para o DJ, o produtor, duas bailarinas e para o empresário. São no mínimo sete pessoas trabalhando e ganhando dinheiro com o funk", conta ela.

 

Anitta, apesar da sua volatilidade musical, diz que ainda se considera uma representação para os  funkeiros. "Eu jamais vou ter vergonha de dizer que eu vim de lá, pois esse ritmo que me ajudou a chegar até aqui. Eu seria muito ingrata se hoje eu fingisse que não estou vendo, porque eu to vendo sim. E eu amo o funk, é um ritmo incrível e vai melhorar", disse ela. Em seguida, Bial ainda concordou com a cantora: "Certamente, negar e proibir o funk, esse não é o caminho".

 

Para fechar com chave de ouro o programa, Anitta e Pedro Bial protagonizaram um dueto inédito em inglês. A dupla improvisou a música Cruisin. Confira:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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