Especialista dá dicas para prevenir a dor de cabeça

Saiba quais são os fatores que podem levar ao desenvolvimento da condição

por Estado de Minas 19/05/2017 17:12
Reprodução/Internet/Boa forma e Saúde
(foto: Reprodução/Internet/Boa forma e Saúde)

Nesta sexta-feira é lembrado o Dia Nacional de Combate a Cefaleia, incômodo que aparece na região da cabeça, acima dos olhos e das orelhas, e que atingirá 90% das pessoas pelo menos uma vez na vida. Estima-se que de 3% a 7% da população apresentam dores de cabeça frequentes, em mais de 15 dias por mês, durante pelo menos três meses seguidos.

Existem dois grupos de causas, entre as cefaleias primárias e as secundárias. “Nas cefaleias primárias, é obrigatória a presença da dor de cabeça, já na secundária este não é um sintoma comum. Há outra doença, como a sinusite, por exemplo, que pode levar à dor”, explica Victor Fiorini, professor de neurologia do curso de medicina do Centro Universitário São Camilo.

Para o diagnóstico da condição, o médico realiza uma avaliação do paciente com perguntas sobre localização da dor, tipo (pulsátil, em peso), problemas associados (náuseas, incômodo à luz e ao barulho, alterações visuais) e o tempo de duração da crise de dor. Em seguida, faz questionamentos sobre a saúde em geral do paciente e realiza o exame clínico. “Com todas estas informações, o profissional deverá decidir se a dor é primária ou secundária. No caso de algumas cefaleias secundárias, são necessários exames complementares para fechar o diagnóstico”, comenta Fiorini.

No caso das cefaleias secundárias, as causas podem variar de doenças benignas, como sinusite aguda, a males mais sérios, como aneurismas cerebrais ou tumores. A cefaleia pode eventualmente ser sinal de algum quadro grave, devendo o paciente procurar o atendimento sempre que apresentar uma dor de cabeça diferente da que costuma ter.

Segundo o especialista, assim que o transtorno é confirmado, o tratamento depende do tipo de cefaleia. No caso de enxaqueca, o tratamento pode ser feito com analgésicos simples, anti-inflamatórios ou medicamentos mais específicos. Já para crises de enxaqueca frequentes, acima de duas vezes ao mês, pode ser prescrita uma medicação de uso diário que previna a ocorrência de dores.

Confira quatro dicas para evitar a cefaleia:

- Não fazer uso frequente de medicações analgésicas, ou seja, o uso constante de medicamentos contra a dor de cabeça pode causar a perpetuação do incômodo;

- Muitos casos de cefaleias primárias podem ser evitados com medidas não farmacológicas, como alimentação saudável, sono regular, atividade física, evitar períodos de jejum prolongado, entre outras;

- De modo geral, alimentos muito gordurosos, condimentados, chocolates, refrigerantes à base de cola, café, vinho, enlatados e embutidos são os que mais se associam ao desencadeamento de crises de cefaleia;

- Evitar o uso de certos perfumes e exposição a ambientes muito iluminados.