Ainda pouco acessível, cirurgia robótica de câncer de próstata tende a se popularizar

Riscos de incontinência urinária e perda da função erétil são muito menores do que na abordagem convencional

por Revista do CB 30/11/2016 17:00
A questão do câncer de próstata ainda é considerada um assunto delicado. Tanto pelo tabu quanto pela própria delicadeza do procedimento cirúrgico. As estimativas para 2016, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), é que, apenas no Distrito Federal, a taxa de incidência seja de 60,49 casos para 100 mil homens.

Se os homens já demonstram certa relutância em realizar o exame para detectar o câncer, a possibilidade de uma cirurgia pode causar certo pavor. Isso porque, segundo o cirurgião Fernando Leão, urologista do Hospital de Brasília, o procedimento convencional apresenta certo risco de infecção e alguma demora no retorno da continência urinária e da função erétil.

A tecnologia pode parecer distante, e até meio futurista, mas a cirurgia robótica tem se firmado como uma alternativa.  Em alguns países, essa abordagem já responde a 85% dos tratamentos. No Brasil, as cirurgias minimamente invasivas de próstata só começaram a ser realizadas em 2008, informa o cirurgião Gustavo Cardoso, do A.C Camargo Câncer Center. Hoje, o país conta com 24 programas robóticos.

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