Transplante fecal ainda é pouco conhecido no Brasil

Procedimento é de grande utilidade para recompor a flora intestinal de pacientes que, por algum motivo, perderam o estoque de bactérias benignas

por Revista do CB 28/11/2016 17:30
O uso indiscriminado de antibióticos pode ocasionar surgimento de superbactérias resistentes a medicamentos, responsáveis por infecções hospitalares. Muitas dessas espécies bacterianas podem ocupar e partilhar o intestino. O tratamento mais eficaz, e polêmico, é usar fezes de pessoas saudáveis para colonizar o intestino de pacientes que sofrem algum desequilíbrio.

O procedimento ainda é pouco utilizado por aqui, mas Estados Unidos, a técnica é corriqueira entre os profissionais de saúde e possui uma sólida estrutura de suporte. “No Brasil, ainda existe muita resistência em relação ao transplante fecal. Difundir essa técnica aqui será um grande passo para reverter infecções que poderiam ser fatais”, afirma o gastroenterologista Victor Yokana, do Núcleo de Gastroenterologia do Hospital Samaritano de São Paulo.

O transplante pode ser ainda a aposta futura para tratamento de problemas não gastroentestinais, como obesidade, síndrome metabólica, depressão e autismo, entre outros males.

Valdo Virgo / CB / D.A Press
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