Saiba quais são os tratamentos estéticos que podem e os que não podem ser feitos no verão

Especialista afirma que devemos evitar tratamentos que deixam a pele muito fina e sensível

por Estado de Minas 30/12/2015 08:45
Clinhealth/Reprodução Internet
Drenagem linfática (foto) é permitida no verão (foto: Clinhealth/Reprodução Internet)
O verão chegou, as temperaturas só sobem, o sol está inclemente, mas homens e mulheres só pensam em desfilar um corpo bonito na estação de que o brasileiro mais gosta. Apesar do calor, a época é uma das mais procuradas para tratamento estéticos. Quem não quer se livrar daquela mancha na pele ou de uma gordurinha localizada antes de curtir a praia ou a piscina? Mas é preciso cuidado, já que este é o período em que estamos mais expostos ao Sol. De acordo com a médica Fabiana Braga França Wanick, especialista e mestre em dermatologia, no verão, a incidência e a intensidade de raios ultravioleta são maiores, o que pode contribuir para o surgimento de manchas escuras após a cicatrização de áreas tratadas em procedimentos estéticos. “Devemos evitar tratamentos que deixam a pele muito fina e sensível”, ensina. No entanto, não é preciso abandonar os tratamentos. Basta escolher procedimentos que não agridam a pele. Veja as dicas da dermatologista:

PODEM

Creme facial: os cremes, especialmente os que têm ativos anti-idade, podem ser usados durante todo o ano. No entanto,
no verão, é importante escolher produtos com ácidos e clareadores em concentrações mais leves e não fotossensibilizantes. Além disso, a dermatologista explica que antioxidantes devem estar presentes na composição desses produtos, já que a radiação UV é uma das maiores responsáveis pela produção de radicais livres, que contribuem para acelerar o envelhecimento da pele.

Toxina botulínica A: a toxina botulínica A não afeta a superfície da pele e é indicada para amenizar rugas em qualquer época do ano. No verão, com o aumento da claridade durante exposição solar, tendemos a contrair alguns músculos faciais. Esses movimentos podem piorar as chamadas rugas de expressão e a aplicação da toxina botulínica A pode evitar que essas rugas se intensifiquem. Além disso, é uma alternativa a cremes não indicados no verão. “Os cremes complementam o efeito da toxina botulínica A, mas não agem como substitutos, porque o efeito da
toxina botulínica A é diferente do de qualquer creme”.

Preenchimento com ácido hialurônico: de acordo com a dra. Wanick, o ácido hialurônico é um ácido em forma de solução que preenche rugas e sulcos da pele, sustenta áreas com flacidez e depressão do rosto. O ácido hialurônico melhora a hidratação de um modo muito natural, já que é uma substância encontrada na derme capaz de tratar o ressecamento causado pela exposição ao sol, mar e piscina.

Drenagem linfática: método terapêutico capaz de aumentar a capacidade de condução da linfa pelos vasos linfáticos, favorecendo a distribuição de líquidos intracelulares e modelando o corpo. A massagem ajuda na diminuição de edemas, atenua a celulite, aumenta a diurese e melhora o funcionamento do intestino. Ela garante a diminuição de medidas sem causar nenhum dano à pele.

Radiofrequência: é indicada nos meses mais quentes, já que deixa a pele firme por meio da termocontração
das fibras de colágeno e do aumento da produção de colágeno e elastina. O tratamento não deixa marcas
na pele e pode ser feito tanto no rosto quanto no corpo.

NÃO PODE

Laser de CO2: atinge a camada mais profunda da pele, reestruturando as fibras de colágeno. No entanto, depois do tratamento, o paciente precisa ficar pelo menos um mês sem se expor ao sol, já que qualquer exposição solar pode causar manchas e cicatrizes.

Peeling: esse procedimento faz uma descamação da pele e, em consequência, ela fica mais sensível à ação dos raios solares, podendo ficar manchada.

Carboxiterapia: a aplicação desse tratamento deixa a pele com pontos arroxeados que podem se transformar em manchas com a ação do sol.

Fotodepilação e fotorrejuvenescimento: esses procedimentos requerem que não haja qualquer exposição ao sol 10 dias antes e 10 dias depois do tratamento, sendo muito difícil seguir essa recomendação no verão.