'Mude de lado e evite a pressão": campanha alerta para prevenção de lesões em pacientes acamados

Instituições internacionais preconizam medidas preventivas que incluem a mudança de posição como a principal delas

por Agência Estado 19/11/2015 14:49
A Associação Brasileira de Estomaterapia (Sobest) realiza em novembro a campanha ‘Mude de lado e evite a pressão’. O objetivo é conscientizar a população sobre as úlceras por pressão, muito comuns em pessoas acamadas e impossibilitadas de mudar de posição. As ações que acontecem em várias cidades do país e integram uma iniciativa internacional em que se celebra o Dia Mundial de Prevenção da Úlcera por Pressão em 19 de novembro.

A úlcera por pressão é uma lesão na pele causada pela interrupção da circulação sanguínea em um determinado local do corpo próximo de uma região óssea, aliado a uma pressão contínua nesta mesma região. Os pacientes acometidos sofrem alterações clínicas e danos funcionais, aumento da dor e risco de infecções graves que também estão associadas, internações prolongadas e morbidade. Os locais mais comumente afetados são a região sacral e os calcâneos, sendo que aproximadamente 60% das úlceras de pressão se desenvolvem na região pélvica ou abaixo dela.

Como o seu desenvolvimento implica em sofrimento e tratamento com custo elevado, a prevenção é a melhor indicação. A principal medida é a mudança de posição do paciente, cuja frequência deverá seguir os limites individuais da pele e do ambiente em que o paciente se encontra. "A Sobest trabalha ativamente para conscientizar pacientes e cuidadores sobre a importância da prevenção. Da mesma forma, capacita profissionais, em especial os enfermeiros estomaterapeutas, para atuarem da forma mais eficiente possível, para garantir a qualidade de vida dos pacientes", ressalta a presidente da Associação Brasileira de Estomaterapia, Maria Angela Boccara de Paula.

Instituições internacionais como National Pressure Ulcer Advisory Panel (NPUAP), nos EUA, e a European Pressure Ulcer Advisory Panel (EPUAP), na Europa, preconizam medidas preventivas, baseadas em evidências científicas, onde a principal delas é a mudança de posição. Atualmente vários países, incluindo o Brasil, seguem os protocolos baseados nas orientações dessas duas instituições.