Bebê sentado: vídeo mostra médico girando criança na barriga da mãe

Manobra versão cefálica externa é pouco utilizada no Brasil já que é muito comum a recomendação de cesariana quando o bebê está sentado, mas parto normal é possível nesses casos

por Valéria Mendes 18/05/2015 15:21

INFORMAÇÕES PESSOAIS:

RECOMENDAR PARA:

INFORMAÇÕES PESSOAIS:

CORREÇÃO:

Preencha todos os campos.
Reprodução Youtube
Vídeo ilustra a manobra versão cefálica externa (foto: Reprodução Youtube)
A recomendação do médico, o medo e a falta de informação figuram no topo da lista para as mulheres rechaçarem o parto normal quando o bebê está pélvico (sentado). O que pouca gente sabe é que a via vaginal de parto não precisa ser desconsiderada quando isso acontecer. Um vídeo que tem circulado com certa recorrência na web mostra o exato momento em que um médico consegue girar o bebê dentro do útero de uma gestante. Assista:



A manobra versão cefálica externa – ilustrada pelas imagens acima – consiste em rodar o bebê e colocá-lo de cabeça para baixo. O procedimento guiado por ultrassom deve ser realizado dentro do hospital e a mulher toma uma medicação para relaxar o útero. A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera essa manobra segura, eficiente e de baixo custo, mas é pouco utilizada no Brasil.

Leia também: Parto normal: é possível com bebê sentado e depois de duas cesáreas?

É importante saber que mesmo se o procedimento der errado e o bebê "insistir" em não encaixar, o parto normal ainda é possível. Por aqui, no entanto, bebê pélvico figura entre as indicações de cesariana. Assim, os obstetras não acumulam experiência em assistir parto pélvico porque além de a incidência ser pequena – varia de 3 a 5% - o nascimento pelo procedimento cirúrgico é o mais recorrente nesses casos.



A polêmica em torno do bebê pélvico está baseada em um estudo canadense intitulado ‘Term Breech Trial’, publicado na revista Lancet no ano 2000. Esse estudo mostrou um risco maior do parto via vaginal em relação à cesariana. Só que os próprios canadenses criticaram falhas no desenvolvimento da pesquisa ao notarem erros na metodologia do estudo e que interferiram diretamente nos resultados finais. Um exemplo é que, no caso de bebê pélvico, a posição mais adequada é a de cócoras. No entanto, as mulheres acompanhadas na pesquisa estavam deitadas de barriga para cima, posição considerada deletéria para o parto pélvico.