Uma festa de aniversário quebrou a rotina da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Pediátrica do Hospital Materno Infantil (HMI), em Goiânia, no final da tarde desta quarta-feira (08/04). O menino Heitor Brandão, que sobreviveu a uma das mais delicadas cirurgias de separação de gêmeos siameses já realizadas pela unidade, completou seis anos.
Referência no procedimento, o HMI usou até protótipos 3D dos órgãos, em tamanho real, para a operação. Heitor foi separado do irmão Arthur no final de fevereiro. Eles tinham nascido ligados pelo tórax, abdômen e bacia, compartilhavam o fígado e genitália e tinham três pernas. Arthur não resistiu e morreu três dias depois, após sucessivas paradas cardíacas.
Nesta quarta-feira, Arthur foi lembrado com muita emoção pelos pais, Eliana e Delson Brandão, que tiveram permissão do hospital para a entrada na UTI com outros dois filhos, um deles adotado recentemente.
Por uma rede social, Delson falou sobre os meninos. "Tuka (Arthur) resolveu virar estrela e você (Heitor) resolveu ficar para se tornar o doutor Heitor Ledo Rocha Brandão, o cantor Heitor Brandão, o pintor Heitor Ledo e o surfista Heitor Rocha", escreveu o pai.
Nas fotos e vídeos produzidos pela assessoria de imprensa do HMI, Heitor aparece com chapéu de festa em meio a balões, um bolo, presentes e outros adereços. A equipe médica também participou da festinha.
Passada a comemoração, o menino que, em seis anos, chegou a passar por 15 cirurgias preparatórias antes da separação, segue internado na UTI Pediátrica do hospital, respirando sem o auxílio de oxigênio. A equipe médica informou que ele se alimenta normalmente, com dieta livre via oral. Não há previsão de alta.
A família é natural de Riacho do Santana, no interior da Bahia. Eliana se mudou para Goiânia após descobrir que estava grávida de gêmeos siameses. O meninos são acompanhados pelo cirurgião pediátrico Zacharias Calil, há seis anos.
Na cirurgia de separação, que durou mais de 15 horas, Calil chefiou uma equipe de 40 profissionais. Em 14 anos, de 28 casos de siameses registrados no HMI, vindos de diferentes Estados brasileiros, 12 chegaram à condição de separação e, destes, 10 sobreviveram.
Agradecendo ao pai...
Posted by Delson Papa Brandão on Quarta, 8 de abril de 2015
É o primeiro pedaço do bolo vai para...
Posted by Delson Papa Brandão on Quarta, 8 de abril de 2015
Referência no procedimento, o HMI usou até protótipos 3D dos órgãos, em tamanho real, para a operação. Heitor foi separado do irmão Arthur no final de fevereiro. Eles tinham nascido ligados pelo tórax, abdômen e bacia, compartilhavam o fígado e genitália e tinham três pernas. Arthur não resistiu e morreu três dias depois, após sucessivas paradas cardíacas.
Nesta quarta-feira, Arthur foi lembrado com muita emoção pelos pais, Eliana e Delson Brandão, que tiveram permissão do hospital para a entrada na UTI com outros dois filhos, um deles adotado recentemente.
Por uma rede social, Delson falou sobre os meninos. "Tuka (Arthur) resolveu virar estrela e você (Heitor) resolveu ficar para se tornar o doutor Heitor Ledo Rocha Brandão, o cantor Heitor Brandão, o pintor Heitor Ledo e o surfista Heitor Rocha", escreveu o pai.
saiba mais
-
Morre Arthur, um dos gêmeos siameses que foi separado em cirurgia de mais de 14 horas
-
Irmãos siameses de 5 anos são separados após 14 horas de cirurgia em Goiânia
-
'Logo logo eu vou sair daqui': Heitor inicia dieta líquida, mas estado de saúde ainda é grave
-
Desde a morte do irmão gêmeo, Heitor não pede mais para ver Arthur
-
Vídeo em que Heitor aparece bebendo água emociona; garoto de 5 anos já respira espontaneamente
-
Três meses depois de ser separado do irmão, Heitor Brandão deixa o hospital
Passada a comemoração, o menino que, em seis anos, chegou a passar por 15 cirurgias preparatórias antes da separação, segue internado na UTI Pediátrica do hospital, respirando sem o auxílio de oxigênio. A equipe médica informou que ele se alimenta normalmente, com dieta livre via oral. Não há previsão de alta.
A família é natural de Riacho do Santana, no interior da Bahia. Eliana se mudou para Goiânia após descobrir que estava grávida de gêmeos siameses. O meninos são acompanhados pelo cirurgião pediátrico Zacharias Calil, há seis anos.
Na cirurgia de separação, que durou mais de 15 horas, Calil chefiou uma equipe de 40 profissionais. Em 14 anos, de 28 casos de siameses registrados no HMI, vindos de diferentes Estados brasileiros, 12 chegaram à condição de separação e, destes, 10 sobreviveram.