Uma pílula antes e outra depois do sexo podem evitar a Aids, diz estudo

Até agora, o Truvada - como medicamento preventivo - era receitado só com um regime de um dia, não como método efetivo aplicado no momento em que se tem a relação sexual

por AFP - Agence France-Presse 25/02/2015 10:45

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AFP PHOTO / Kerry Sheridan
Até agora, o Truvada - como medicamento preventivo - era receitado só com um regime de um dia (foto: AFP PHOTO / Kerry Sheridan)
A pílula Truvada para prevenir a Aids, tomada antes e depois do sexo sem proteção, reduz o risco de transmissão do vírus entre homens homossexuais em 86%, segundo os resultados de um ensaio clínico publicado nesta terça-feira (24/02) nos Estados Unidos.

Para o estudo, Truvada - uma combinação dos retrovirais tenofovir e emtricitabina - foi tomada um dia antes e dois dias depois das relações sexuais com alto risco de contágio do vírus da Aids.

O estudo, realizado pela Agência Nacional Francesa especializada em Aids (ANRS), foi apresentado durante a conferência sobre retrovirais e infecções oportunistas (CROI), que acontece esta semana em Seattle (noroeste dos Estados Unidos).

Até agora, o Truvada - como medicamento preventivo - era receitado só com um regime de um dia, não como método efetivo aplicado no momento em que se tem a relação sexual.

Esta última evidência sobre este método, conhecido como pré-exposição profilática ou PrEP, não é suficiente para mudar a forma da prescrição, mas foi celebrada como uma nova aproximação à prevenção da Aids.

O estudo "dá a primeira evidência de que um regime dirigido é efetivo entre homossexuais de alto risco com relações sexuais frequentes", afirmou Jonathan Mermin, diretor do centro de controle e prevenção do HIV nos Estados Unidos.

O Truvada, produzido pelo laboratório Gilead Sciences, foi aprovado em 2012 pelas autoridades americanas como a primeira pílula a ajudar a prevenir a imunodeficiência humana em grupos de alto risco.

Denominado Ipergay, este estudo que mesclava o uso de placebo com doses controladas do medicamento, começou em fevereiro de 2012 e parou em outubro 2014, quando uma revisão independente determinou que teria uma alta efetividade.

Um total de 400 paciente participaram do estudo.