Reversão da vasectomia é um procedimento com grande chance de sucesso

Cirurgia é de baixo trauma cirúrgico, ou seja, muito pouco invasiva. A checagem prévia à operação inclui exame físico, verificação hormonal e análise dos espermatozoides

por Gláucia Chaves 08/08/2014 08:31

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A decisão de ser pai envolve muitas variáveis e, por vezes, os prós não se sobressaem aos contras. Por isso, muitos homens que não desejam a paternidade recorrem à vasectomia, procedimento cirúrgico masculino para evitar filhos. Para os que mudarem de ideia, a boa notícia é que a reversão do procedimento tem muitas chances de sucesso. De acordo com Mauro Bibancos, especialista em fertilidade masculina do Grupo Huntington, o princípio básico da vasectomia é cortar o canal usado pelo espermatozoide para chegar até os órgãos sexuais femininos. “É como se tirássemos a conexão do espermatozoide, como se a passagem ficasse entupida”, detalha o médico. “A reversão consiste em restabelecer essa conexão.”

Gustavo Caserta Lemos, urologista do Hospital Israelita Albert Einstein, complementa: a reversão da vasectomia (também conhecida como vaso-vasoanastomose) é uma cirurgia de baixo trauma cirúrgico, ou seja, muito pouco invasiva. “As duas incisões, uma de cada lado do escroto, são um pouco maiores que a da vasectomia e nos mesmos lugares”, esclarece. Os exames pré-operatórios são aqueles necessários antes de qualquer cirurgia, dependendo da idade do paciente e do seu histórico. “Em pacientes acima dos 50 anos, pedimos consulta ao cardiologista ou clínico para avaliação de risco anestésico.”

A checagem prévia à operação inclui exame físico, verificação hormonal e análise dos espermatozoides, de acordo com Mauro Bibancos. Embora não existam impedimentos significativos para a realização do procedimento, Silvio Pires, urologista e parceiro da empresa Criogênesis, explica que, quanto mais tempo se espera, menos chances de a cirurgia dar certo. “Nos casos de reversão com até 10 anos de vasectomia, a chance de sucesso é superior a 90%”, estima. Após 10 anos, essa taxa cai para menos de 50 %, segundo o médico. Se esse tempo for maior que 15 anos, os índices despencam para menos de 30%. “Para casos com longo período de vasectomia, talvez o melhor método seja a punção do epididimo e a fertilização in vitro.”

 

ENTENDA O PROCEDIMENTO:

Valdo Virgo/CB/D.A Press
Clique na imagem para ampliá-la e saiba mais (foto: Valdo Virgo/CB/D.A Press)