Belém e Brasília — Rampas, barras, quinas arredondadas e uma quantidade substancialmente menor de móveis distribuídos no cômodo passam a ser a decoração da casa à medida que as dificuldades de mobilidade começam a surgir com o envelhecimento. O ambiente perde alguns pontos no quesito estético, mas são inúmeros os ganhos para o trânsito do indivíduo em casa e a quantidade de problemas de saúde que podem ser evitados. As adaptações não devem se ater somente à solução das dificuldades de mobilidade. Cada condição de saúde deve ter ajustes para facilitar a vida do idoso dentro do ambiente doméstico.
Ela exemplifica que, no caso de uma pessoa com o mal de Alzheimer, os contrastes são essenciais: se o vaso sanitário ou a bancada da pia são brancos, o chão precisa ter outra cor, necessariamente lisa. “Pisos estampados e azulejos decorados aumentam a confusão mental desse paciente. Ele não consegue discriminar.” Isso acontece pela falta de aporte cognitivo, processo afetado pela demência que leva à perda de memória e à dificuldade de atenção. O Alzheimer é a demência neurodegenerativa mais comum em idosos. A prevalência entre os 60 e 65 anos é abaixo de 1%. A partir dos 65, praticamente duplica a cada cinco anos. Depois dos 85, atinge de 30 a 40% da população.
A repórter viajou a convite da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia