Pesquisa mostra que tamiflu reduz em 25% risco de óbito pela gripe H1N1

Estudo mostrou também que medicamento era mais eficaz quando era ministrado nos dois dias que se seguiam à aparição dos sintomas da gripe. Passado esse tempo, cada dia de atraso no início do tratamento aumentou em 20% o risco de óbito

por AFP - Agence France-Presse 20/03/2014 09:46

INFORMAÇÕES PESSOAIS:

RECOMENDAR PARA:

INFORMAÇÕES PESSOAIS:

CORREÇÃO:

Preencha todos os campos.
Wallace Martins/Esp. CB/D.A Press
Foram investigados mais de 29 mil pacientes originários de 38 países, hospitalizados entre 2 de janeiro de 2009 e 14 de março de 2011. Atenção: campanha de vacinação do Ministério da Saúde contra a gripe acontece de 14 de abril a 02 de maio (foto: Wallace Martins/Esp. CB/D.A Press)
O tratamento com antivirais do tipo Tamiflu (nome comercial do oseltamivir) reduziu em 25% o risco de óbito nos adultos hospitalizados durante o surto de gripe pandêmica A (H1N1) no período 2009-2010, revela um estudo publicado nesta quarta-feira.

Divulgado na revista médica britânica "The Lancet Respiratory", a meta-análise (análise de uma série de estudos) mostra que o Tamiflu foi considerado ainda mais eficaz - com um risco de falecimento reduzido em 50% - quando era ministrado nos dois dias que se seguiam à aparição dos sintomas da gripe.

Em contrapartida, passados esses dois dias, cada dia de atraso no início do tratamento aumentou em 20% o risco de óbito, alertaram os autores do estudo.

Os pesquisadores da Universidade de Nottingham (Reino Unido) investigaram mais de 29 mil pacientes originários de 38 países, hospitalizados entre 2 de janeiro de 2009 e 14 de março de 2011 com confirmação, ou suspeita de contaminação por vírus A (H1N1).

Embora a sobrevida com o uso do Tamiflu tenha sido de 25% nos adultos, incluindo mulheres grávidas e pacientes em reanimação por sintomas graves, nenhuma redução "significativa" da mortalidade foi observada em menores de 16 anos.

Considerado o tratamento antiviral básico contra a gripe, o Tamiflu é produzido pelo grupo farmacêutico suíço Roche, que financiou o estudo.