saiba mais
Nos Estados Unidos, local em que a prática parece mais disseminada, há empresas que encapsulam a placenta. O procedimento custa cerca de US$ 200 por lá. Após ser desidratado, o órgão é moído e colocado dentro de cápsulas de gel. Jodi Selander, psicóloga líder do movimento pró-placentofagia Placenta Benefits, defende na página oficial da iniciativa que as vitaminas e minerais presentes na placenta, como a vitamina B6, podem ajudar a combater sintomas da depressão. Além disso, o órgão, rico em ferro e em proteína, seria o ingrediente ideal para que especialmente as vegetarianas se recuperassem do desgaste do parto.
Os estudos com relação aos supostos benefícios da placentofagia, contudo, são escassos. Ainda assim, Lucila Nagata, médica ginecologista e obstetra, explica que o hábito não é novo. “Na Austrália, entre os aborígenes, existe um ritual no qual se acredita que alguém da família cozinhar uma refeição com placenta é celebrar o nascimento e compartilhar com amigos e familiares a boa energia ou o poder que a placenta traria”, exemplifica. “(A placentofagia) também é usada na medicina chinesa para alguns tratamentos.” Na internet, é fácil encontrar receitas e métodos de ingestão da placenta. Mas a médica alerta: no caso da ingestão da placenta crua, caso a mãe tenha algum processo infeccioso, ele pode passar para quem ingere o órgão.