Estudo finlandês cria 'mapa das emoções' pelo corpo

A topografia das emoções é a mesma até em culturas diferentes. A alegria foi a única que provocou sentimentos fortes em todo o corpo

08/01/2014 17:00

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Divulgação / Aalto University
Raiva, medo, descontentamento, felicidade, tristeza, surpresa e neutro, como foram sentidos pelos participantes (foto: Divulgação / Aalto University)

Você já parou para pensar que nossas emoções geralmente tem efeitos sobre partes específicas do corpo? A ansiedade dá aquela dorzinha na barriga, o medo aquele frio no estômago. Algumas aparecem até em lugares e de maneiras parecidas, mas nunca, mesmo sendo impulsos mentais e não biológicos, deixam de ser sentidas pelo nosso organismo. Um estudo finlandês, da Universidade de Aalto, entrevistou mais de 700 pessoas na Finlândia e em Taiwan e encontrou resultados semelhantes mesmo em culturas bem diferentes.

Em cinco experimentos, os participantes foram apresentados a palavras, histórias, filmes e expressões faciais junto de silhuetas de corpos. Diante de cada estímulo, eles coloriram as regiões dos corpos correspondentes aos locais em que sentiam mais ou menos sensações. Quatorze emoções foram mapeadas, entre elas amor, depressão, medo, raiva, alegria e tristeza.

Divulgação / Aalto University
Ansiedade, amor, depressão, contentamento, orgulho, vergonha e inveja, como foram sentidos pelos participantes (foto: Divulgação / Aalto University)

O resultado mais curioso foi que a alegria foi marcada pelos participantes ao longo do corpo todo. O amor foi mais experimentado pelo dorso e membros superiores, já a raiva, surpresa e inveja ficaram mais concentrados do peito para cima. A tristeza e a vergonha, além de causarem sensações fortes na região da cabeça e peito, também levaram à dormência das pernas e braços.

Para a equipe, monitorar a topografia das emoções traz uma ferramenta única para pesquisas futuras sobre essas sensações e podem até ajudar no tratamento de desordens emocionais, como ansiedade e depressão. “Emoções ajustam não só nossas mentes, mas também nosso estado corporal”, afirma o professor Lauri Nummenmaa, da Aalto University. “Essas descobertas têm grandes implicações para o nosso entendimento das emoções e de suas raízes”, completa. (Com agência)