Para depressão, menopausa ou autoconhecimento, ioga ganha cada vez mais adeptos

Até as crianças estão sendo aplicadas na filosofia da ioga. Qualidade de vida, paz interior e saúde mental e espiritual são apontados como os principais benefícios da prática

por Luciane Evans 22/12/2013 12:30

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Para depressão, menopausa ou simplesmente para o autoconhecimento, A ioga ganha adeptos (foto: leandro couri/em/d.a press)
Estamos em uma constante busca. Desde que o mundo é mundo, o ser humano procura segurança, felicidade e plenitude. Busca-se estar seguro numa casa, prazer numa viagem ou em uma experiência alternativa, e anseia-se ainda pela tal cara-metade que preencha aquele vazio. Está aí a busca pela felicidade no mundo exterior, em objetos e pessoas, em mais e melhores experiências e relações. No entanto, há mais de 5 mil anos, a prática indiana ensina: nós já somos completos.

Originária da Índia, ninguém sabe ao certo quando surgiu a ioga. Não há um início oficializado, porém é sabido que há mais de 5 mil anos ela era praticada entre os indianos. “É um estado de união, de harmonia de todas formas que completam o ser humano na sua própria natureza e daquela ao seu redor”, define o mestre de ioga, formado por mestres indianos, José Rugué Júnior. Segundo ele, a natureza humana é por si só carente de um sentimento de completude. “Sentimo-nos divididos, incompletos. Não nos sentimos integrados conosco.” É aí que a prática milenar entra em cena.

Ao mostrar que somos completos, a filosofia , segundo destaca Mário Lúcio Silva, fundador do Ayurvida Terapias Naturais , é um despertar para uma consciência de vida humana mais feliz. “Com a prática, a vida muda completamente. E isso não é uma possibilidade, é uma afirmação. É uma rota, um caminho para a estruturação da vida . É o grande campo para a felicidade”, defende Mário. Desde que chegou ao Brasil, lá pela década de 1940, a ioga foi associada a outras culturas. “Veio trazida por alguns professores do Uruguai e da Espanha e era vista como algo místico. Mas, depois, com as pessoas tendo mais acesso à Índia, essa visão mudou”, comenta José Rugué.

Hoje, com cerca de 70 anos de presença no país, a ioga é encarada de diversas formas, mas sem perder a essência do autoconhecimento. Ainda que tenha diferentes linhas tradicionais, como a Hatha, que trabalha o desenvolvimento da flexibilidade e o controle do estresse; ou a Kundalini, que lida com a expansão da consciência, atravessando e ativando os centros de energia denominados de chacras, a prática vem sendo direcionada para diversos objetivos. Nesta reportagem, encontramos a filosofia sendo aplicada em crianças, em mulheres na menopausa, contra a depressão ou angústias. “A ioga é uma só, mas o ser humano é dividido e quer dar um outro aspecto. O interessante é a prática estar dentro da vida das pessoas que a praticam”, diz José Rugué.


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Bianca Guimarães uniu o stand up paddle (esporte) e a ioga (prática indiana) e tornou-se precursora da Sup Yoga (foto: leandro couri/em/d.a press)
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Os benefícios? Bom, para os praticantes, o ganho está na qualidade de vida, na paz interior e na saúde mental e espiritual. “É até mesmo difícil pontuar as vantagens que a prática nos trazem. É um benefício de vida. Os fatos continuam acontecendo, mas o seu olhar muda sobre a vida. Aí, você vai muda também seus hábitos. É uma consciência”, comenta a professora de ioga Ângela Campelo, que conseguiu se livrar dos males da menopausa por meio da ioga.

Para Bianca Guimarães, essa consciência foi além. Atleta de stand up paddle, (esporte que consiste em remar em pé em cima da prancha), Bianca sempre foi uma apaixonada por ioga e resolveu juntar o esporte à prática indiana. Ela se tornou a precursora de uma atividade que tem se destacado no Brasil, a chamada Sup Yoga. “Faço as posições de ioga em cima da prancha e sobre as águas. É muito bom. A sensação é de que estou em contato com esse universo, que é revitalizante e renova minhas energias de forma mais intensa”, diz. É na Lagoa dos Ingleses, em Nova Lima, que Bianca faz sua atividade. Ela antecipa que, em 2014, ela e a amiga Simone Las Casas, que trabalha com ioga detox, darão início ao projeto de dar aulas aos interessados por essa modalidade, em BH, juntando Yoga Detox e a Sup Yoga. “A ideia é um ‘day use’, incentivando a prática e a boa alimentação”, revela.

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A ioga ganha adeptos como crianças e mulheres que buscam qualidade de vida e paz interior (foto: leandro couri/em/d.a press)


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Bianca Guimarães uniu o stand up paddle (esporte) e a ioga (prática indiana) e tornou-se precursora da Sup Yoga (foto: leandro couri/em/d.a press)