Unicef lança no Brasil projeto que oferece teste de DST para jovens

A iniciativa é voltada para jovens entre 15 e 24 anos. Os testes serão feitos em uma unidade móvel e poderão detectar doenças sexualmente transmissíveis, como HIV e sífilis

por Agência Brasil 10/12/2013 16:38

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Banco de imagens / Sxc.hu
O foco principal será a população de risco ampliado, da qual fazem parte pessoas que têm relações sexual com outras do mesmo sexo e aquelas exploradas sexualmente (foto: Banco de imagens / Sxc.hu)
O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) lança no sábado (14) o projeto Fique Sabendo Jovem, em Fortaleza. Trata-se de uma iniciativa pioneira no mundo, voltada para jovens de 15 a 24 anos. Em uma unidade móvel, profissionais de saúde farão testes rápidos para detectar doenças sexualmente transmissíveis (DST), como HIV e sífilis.

A Unicef vai documentar a experiência para que o projeto seja ampliado para todo o Brasil e outros países. O Ministério da Saúde já promove no Brasil a campanha "Fique Sabendo", voltada para a população como um todo. Esse evento faz parte da Mobilização Nacional de Prevenção e Testagem para Sífilis, HIV e hepatites B e C.

Os profissionais do Fique Sabendo Jovem também estarão à disposição para conversar sobre questões sexuais. O foco principal será a população de risco ampliado, da qual fazem parte pessoas que têm relações sexual com outras do mesmo sexo e aquelas exploradas sexualmente. Serão contemplados também os jovens que cumprem medidas socioeducativas. O projeto prevê ações nas escolas.

"O diferencial desse projeto é a participação do jovem, não só na elaboração, porque [os participantes] também vão trabalhar na unidade móvel e na unidade de saúde. Eles vão fazer com a equipe de saúde o acolhimento do jovem. Eles também têm um papel fundamental na divulgação", diz a coordenadora do Programa HIV/Aids do Unicef no Brasil, Cristina Albuquerque.

Segundo o Ministério da Saúde, em 2012, havia cerca de 530 mil pessoas infectadas pelo HIV, sendo que 130 mil desconheciam a situação. No mesmo ano, a porcentagem de pessoas infectadas que fazem o diagnóstico precoce para o HIV subiu de 32% para 37%.

O anúncio foi feito hoje (10) no Fórum Mundial de Direitos Humanos, que ocorre em Brasília até sexta-feira (13). O encontro inclui conferências, debates temáticos e atividades que contarão com a presença de autoridades, intelectuais e profissionais reconhecidos internacionalmente. O objetivo é promover uma reflexão sobre o tema direitos humanos. O evento recebeu mais de 10 mil inscrições.