Bate-apanha entre crianças vai além dos estigmas de maldoso e bonzinho

Em entrevista, a psicóloga, ativista e professora Dineia Domingues aborda a importância da escuta e do afeto, o ponto de vista da criança, a relação entre família e escola, bullying e o papel de um profissional especializado

por Valéria Mendes 06/06/2013 08:30

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Arquivo Pessoal
"Passei três anos com Arthur (por cima) batendo no Gael. Ele tinha um jeito de falar 'você tá me batendo por quê?'. Sempre questionou, mas nunca revidou. Eu tenho sentido que há duas semanas ele está mais agressivo, na escola também, cansou de ficar quieto mesmo eu falando para nunca revidar", afirma a mãe do gêmeos Débora Caram (foto: Arquivo Pessoal)
O Gabriel tem 7 anos: ele bate, mas apanha vez ou outra. O Arthur, de 3, também bate. Um de seus alvos preferidos é o irmão gêmeo, Gael - famoso por não revidar. Uma bela tarde, tudo mudou. A jornalista Débora Caram, mãe dos bivitelinos, é informada pela professora da duplinha que os irmãos se estranharam novamente. Surpresa: os protagonistas da família inverteram os papéis. Analista de marketing e mãe do Gabriel, Michelle Adams Lapouble convida à reflexão: “Cuidado para aquele que apanha não virar o “pamonha” da sala, cuidado para que o que bate não carregue para sempre - e resolva encarnar de vez - o rótulo de “monstro” da turma”.

Psicóloga e ativista em movimentos de defesa de direitos das crianças e dos adolescentes, a professora da PUC Minas, Dineia Domingues, enriquece a discussão: “Do ponto de vista das crianças, precisamos reconhecer que elas estão cavando seu espaço, aprendendo a agir no mundo, aprendendo a mostrar o que desejam, o que precisam, elas estão aprendendo a ser humanos em um mundo de humanos, tanto as que batem quanto as que apanham”. Clique aqui e leia a entrevista completa

Estigmatizar e revidar. As palavras resumem a apreensão de pais, mães, escola e especialistas quando o assunto é o bate-apanha entre crianças. “Passei três anos com Arthur batendo no Gael. Ele tinha um jeito de falar “você tá me batendo por quê?”. Sempre questionou, mas nunca revidou. Eu tenho sentido que há duas semanas ele está mais agressivo, na escola também, cansou de ficar quieto mesmo eu falando para nunca revidar”, observa Débora. “Essa ideia [de descontar] está colada ao sofrimento do adulto, mãe, pai, em sua dificuldade em suportar o sofrimento de seu filho, então é o adulto que precisa de apoio para acompanhar e ajudar as crianças a superarem as situações em que se sintam impotentes. As crianças, por sua vez, estão sempre nos mostrando como estão abertas ao momento seguinte”, pontua Dineia.

Sem maniqueísmo

Michelle pergunta: “você quer ser mãe de qual menino? Do que bate ou do que apanha?” Mesmo sem estar ao alcance dela e consciente disso, ela mesma responde. “É muito mais difícil ser a mãe do menino que bate, por causa do julgamento”. Ano passado, Gabriel concluiu o segundo período da educação infantil e precisou sair da escola, que não oferecia o ano seguinte. “Meu filho teve dificuldade de adaptação. Antes o ambiente era mais intimista, com no máximo 11 alunos por sala. A escola atual tem 22 crianças em cada turma”. Segundo ela, o filho sempre foi um menino tranquilo e, de repente, começou a bater em todo mundo. “Um comportamento não surge do nada. Uma criança não resolve ‘tocar o terror’”, diz. A família resolveu procurar ajuda.

Arquivo Pessoal
Os gêmeos Gael (esquerda) e Arthur (direita). "A criança que bateu costuma se sentir aflita, experimentar culpa e medo dos adultos, e já acontecido o fato, de nada adiantam os 'não pode' e 'isso é muito feio'... Quem sabe, podem ser trocados por 'eu não achei bom o que você fez', 'você viu que ele chorou?' Enfim, é preciso colocar palavra no que foi vivido pelas crianças". A sugestão é da especialista Dineia Domingues (foto: Arquivo Pessoal)
“Gabriel você sabia que tem horas que a gente precisa conversar com alguém que não seja a mãe e o pai? Alguém que entenda muito de criança e que consegue te dar conselhos?”. Foi assim que Michelle convidou o filho a fazer terapia. A família optou por não mudar o garotinho de escola. “Estamos conseguindo uma evolução grande, não quero tirar dele a sensação de ter superado o problema. Ele tem que aprender a se responsabilizar por suas atitudes e está dando a volta por cima”, resume. Para a analista de marketing, os pais têm muita dificuldade em aceitar ajuda e conta que chegou a receber conselhos do tipo: “mas hoje já tem remédio pra essas coisas”.
A mãe de Gabriel chama a atenção para a banalização dos diagnósticos de transtornos de comportamento. “A escola muitas vezes exige que você faça um laudo investigativo”, ressalta. “Descobri que é uma fase, que tudo vai se estabilizar, mas e se eu tivesse descoberto algo mais sério, que direito os outros têm de julgar?”, questiona.

Razões

“Sou a mãe do que bate e do que apanha, não só entre eles, mas também na escola e com os amigos. Eles são o extremo oposto um do outro apesar de a educação, o pai, a mãe e a casa serem os mesmos e tem mãe que olha torto para mim…”, declara Débora Caram. Ela diz que sentia que o filho era agredido porque invadia o ambiente do outro. “O Gael apanhava, mas provocava. Ele sempre foi de querer ficar muito perto, pegar no colo, dividir o mesmo brinquedo. Ele punha a mão no brinquedo do outro e apanhava. Ele não entendia que não podia chegar tomando o brinquedo”, relata. Dineia reforça o argumento: “as crianças querem é um brinquedo de que gostaram e que vêem na mão do outro, ou querem pegar algo, uma roupa, um lanchinho, por exemplo, que pensam que é seu porque têm do mesmo tipo, ou gostam”.

Na faixa etária de Gabriel, os apelidos também são razões para briga. As mães acreditam que uma palavra pode magoar muito mais. “Um amiguinho que diz “eu não gosto mais de você” machuca mais que a coisa de bater”, reforça Débora.

Bruna Jassis Fotografia
"O mundo é muito maior do que o nosso filho. Pensando nisso, temos que ensiná-lo a viver com os melhores valores que conseguirmos transmitir, para termos a certeza de estar criando melhores seres humanos para o mundo". Essa é a mensagem que a mãe de Gabriel gostaria de deixar aos pais (foto: Bruna Jassis Fotografia)
Juntos
Débora Caram não acredita que um encontro entre as famílias é um caminho para solucionar esse incômodo. “Não acho que os pais têm que conversar, fica o estigma e pode virar briga de adulto. Uma semana o seu apanhou, na outra semana é o contrário. Se o comportamento está se repetindo pode ser que outro fator esteja interferindo. A professora precisa ficar atenta, mediar o conflito e avisar os pais”, acredita.

A professora Dineia Domingues acredita que a opção só é válida se houver confiança entre as partes e se as feridas estiverem fechadas para que a conversa flua franca e aberta. “Acredito ser mais interessante conversar com mais frequência e não (apenas) nos momentos de crise maior. É importante lembrarmos de como são diferentes os modos de viver e as maneiras de pensar em cada família e que as crianças estão convivendo com diferentes visões de mundo cada vez mais cedo”, diz.

“A escola tem que ir além dos próprios muros. Muitas famílias têm filhos matriculados em período integral e o professor fica com a criança muito mais tempo que os pais”, observa Michelle Adams Lapouble. Para ela, o ambiente da escola e o ambiente do lar não existem isoladamente. “É terrível quando a escola se justifica dizendo “aconteceu na saída, na porta da escola”. Não existe essa questão isolada. Quer dizer que fora da escola a criança faz o que quer? Esse mesmo menino estará dentro da escola em outra situação. Por isso é preciso saber administrar a convivência e os relacionamentos”, comenta.

“O mundo é muito maior do que o nosso filho. Pensando nisso, temos que ensiná-lo a viver com os melhores valores que conseguirmos transmitir, para termos a certeza de estar criando melhores seres humanos para o mundo. Não posso fazer nada com o que eu já fiz de errado, tenho que fazer daqui pra frente”. Essa é a mensagem que a mãe de Gabriel quer deixar aos pais.

ENTREVISTA


Educação para evoluir e não para punir

A psicóloga, ativista e professora Dineia Domingues acredita que apesar dos desafios que envolvem a educação de uma criança, a disposição para a conversa e o compartilhamento de experiências é um ótimo exemplo para os filhos.

Na entrevista abaixo ela aborda a importância da escuta e do afeto, o ponto de vista da criança, a relação entre família e escola, bullying e o papel de um profissional especializado.

Saúde Plena: Na relação entre a criança que bate e a criança que apanha há maiscoisas envolvidas do que o pensamento maniqueísta do bem educado/mal educado ou bonzinho/malvado?


Dineia Domingues:
Sem dúvida! Há um valor positivo na agressividade humana que precisa ser reconhecido e compreendido pelos adultos, pais, professoras e outros. Em geral, o que vemos acontecer em meio a situações de bate-apanha entre crianças dos 4 aos 8 anos, mais ou menos, é os adultos tentando tolher essa linguagem agressiva, esse modo de se comunicar no mundo, digamos assim. E isso pode gerar inibição, somatizações, personalidades sofridas que, por vezes, vão carregar dores vida afora.

Arquivo Pessoal e Bruna Jassis Fotografia
"Acho que um dos temas importantes do nosso tempo, da sociedade brasileira e outras, é debater as relações entre a família e a escola. Isso não é fácil. Cada uma vê a outra e tem expectativas - "eu gostaria de que a escola...", "eu gostaria de que a família"...", afirma a especialista Dineia Domingues (foto: Arquivo Pessoal e Bruna Jassis Fotografia)
Do ponto de vista das crianças, e é isso que quero levar à reflexão, precisamos reconhecer que elas estão cavando seu espaço, aprendendo a agir no mundo, aprendendo a mostrar o que desejam, o que precisam, elas estão aprendendo a ser humanos em um mundo de humanos, tanto as que batem quanto as que apanham.

Então, o adulto apoiador precisa ajudá-las a se manifestarem sem ferir outros, sem causar danos. Ao invés de dizer não faça isso, não pode, isso é feio, ou ao invés de colocar de castigo sem nem mesmo saber o que aconteceu entre as crianças, precisa ajudá-las a construir modos aceitáveis de se manifestar. Isso tudo é linguagem, é o que nos diferencia dos bichos que são adestrados - pelo menos ainda o são! (risos) Podemos trocar essas formas de intervir em situações difíceis dizendo a elas como percebemos que estão querendo algo muito, mas que aquele jeito de dizer, batendo, não está ajudando a conseguir o que gostariam.

Observe que as crianças estão falando muito alto, de forma estridente, às vezes aos berros, quase, e será por quê? O adulto presente, sensível, não é o que diz sim a tudo o que elas querem, é o que as escuta dizer. Reconhecer seu pensar, seu querer é respeitá-la no seudesejo, na sua vontade de algo e que pode ser complementado com “mas, contudo, infelizmente, nesse momento”, trazendo para o real, para o possível que as crianças são capazes de entender, mesmo que se chateiem ou se frustrem um pouquinho, mas a mensagem é clara.

SP: Quando o comportamento dentro da escola se repete - de uma criança sempre bater e outra sempre apanhar -, qual é o papel da escola?


DD:
Acho que um dos temas importantes do nosso tempo, da sociedade brasileira e outras, é debater as relações entre a família e a escola. Isso não é fácil. Cada uma vê a outra e tem expectativas – “eu gostaria de que a escola...” “eu gostaria de que a família....”.

Mas acho que tem um princípio básico que nos pode ajudar: educação deve ser para ancorar, para ajudar, para reparar, ao invés de para punir e humilhar. Esse é um aprendizado importante, que ajuda as profissionais da escola a sair dos “não pode” e dos castigos humilhantes e excessivos, como em geral acontecem, embora cheios de boas intenções, para atitudes antecipatórias que ordenam as experiências das crianças. Exemplo: antes de uma brincadeira, combinar que não vale machucar o colega, perguntar às crianças como podem fazer quando desejam brincar com um brinquedo que está com o amigo...

Também é possível e necessário conversas com o grupo de crianças sobre o que acontece, mas não na hora difícil, em meio a uma situação conflitiva. Depois, noutro dia, se colocando como um adulto que quer ajudar a turma a pensar e descobrir formas de tornar a escola legal para todos.

SP: Numa situação como essa é aconselhável que as famílias se encontrem?


Arquivo Pessoal
"Afeição não é só colo. Passa pela palavra, por escutar, perguntar e escutar, dar tempo para a criança dizer o que acontece, realmente se colocar disponível para ouvir o que ela diz que acontece, a visão dela dos decorridos com irmãos, com coleguinhas de escola", afirma Dineia Domingues (foto: Arquivo Pessoal)
DD: Vale à pena se houver confiança no outro, confiança de que cada um pode ajudar, confiança de que todos são importantes para fazer melhor o convívio. Se as feriadas estão abertas, se a conversa ainda não pode ser franca e aberta, e se não há um mediador, um apoiador que acolha e faça pontes entre os envolvidos, possivelmente uma conversa assim não vai contribuir... Ademais, não é assunto para uma conversa apenas.

Acredito ser mais interessante conversar com mais frequência, de vez em quando, e não (apenas) nos momentos de crise maior. É importante lembrarmos de como são diferentes os modos de viver e as maneiras de pensar em cada família e que as crianças estão convivendo com diferentes visões de mundo cada vez mais cedo.

SP: Bater e apanhar pode ser sinal de bullying? Como ajudar a identificar se está acontecendo?


DD:
O termo bulliyng não faz sentido para explicar o que acontece nesses casos porque não há intenção deliberada de humilhar o outro; as crianças querem é um brinquedo de que gostaram e que vêem na mão do outro, ou querem pegar algo, uma roupa, um lanchinho, por exemplo, que pensam que é seu porque têm do mesmo tipo, ou gostam, etc.

Nessas situações, um apanha, outro bate, e quando isso acontece, primeiro é preciso cuidar do que apanhou, passar segurança à criança. Pode ser que a criança precise de cuidado físico e curativo; na maior parte das vezes, se exige cuidado emocional, colo e palavra. E por mais que angustie o adulto que tem laço afetivo com a criança, ele precisa suportar isso, buscar palavras que confortem, “vai passar”, “você é forte”, “ele não conseguiu te dizer o que queria e nem pedir a sua ajuda”... Isso é preciso, sob pena de colocar as crianças umas contra as outras, o que não vai ajudá-las a ganhar autonomia e confiança para enfrentarem sozinhas as dificuldades e desafios de conviver, próprios das comunidades humanas.

De outra perspectiva, a criança que bateu costuma se sentir aflita, experimentar culpa e medo dos adultos, e já acontecido o fato, de nada adiantam os “não pode”, “isso é muito feio...” Quem sabe, podem ser trocados por “eu não achei bom o que você fez”, “você viu que ele chorou?”, “morder machuca e dói”, “eu entendo que você queria mostrar pra ele que consegue o que quer e que você é forte ou que queria o brinquedo...”. Enfim, é preciso colocar palavra no que foi vivido pelas crianças.

Isso é amor, é atenção, é o adulto contribuindo para relações humanas mais confiáveis e construtivas individual e coletivamente e desde cedo, porque vamos enfrentar situações conflitivas vida afora, e sempre seremos desafiados a reaprender o convívio e a aprimorar nossos modos de viver e de falar nosso viver.

SP: No âmbito familiar-privado, como os pais devem agir para ajudar as crianças a saírem dos papéis "do que bate" ou "do que apanha"?


DD:
Certamente as crianças precisam dos adultos da família e da escola, dentre outros, para saírem dessas “posições fixadas” do que bate, do que apanha... E é muito bom que os pais e profissionais da escola se ajudem, conversem para que ajudem seus filhos e alunos a se tornarem mais conscientes do que experimentam, do que sentem, da sua condição humana, cidadã.

Estamos vivendo um período difícil da chamada vida civilizada, como se só precisássemos construir soluções para nossos problemas no extremo, quando estamos totalmente desgastados em nossas relações; isso ocorre entre adultos e entre crianças e adultos.

Desde que passam a andar, a falar, mais ou menos na idade da escola maternal até os 8 anos, as crianças estão disponíveis e gostam de movimentar o corpo, trabalhar com as mãos, gostam de jogar, de brincar junto com outras crianças e, na falta delas, com adultos. No entanto, ficam tão sozinhas, com a tevê, com os computadores, que eles se tornam o espaço de e para relações/interações possíveis com os outros.

E mais, afeição não é só colo. Passa pela palavra, por escutar, perguntar e escutar, dar tempo para a criança dizer o que acontece, realmente se colocar disponível para ouvir o que ela diz que acontece, a visão dela dos decorridos com irmãos, com coleguinhas de escola. Não estou dizendo de falar da criança nem para a criança, e sim com a criança.

Quem sabe, um dia na semana desligar tevê e computador, para ver o que acontece? Pode ser muito bom para pais e mães, assim como para os filhos, contar-lhes como brincavam quando eram crianças, com quem, onde, com que... Mostrar fotos se tiver, relembrar histórias... Sem comparação, que cada um é filho do seu tempo! Pode ser muito bombrincar juntos, arrumar o quarto ou brinquedos e estantes, dar uma volta à pé ou jogar um futebolzinho misto, descobrir e reinventar jeitos de estar juntos, isso é amor em forma de presença, de atenção.

SP: É aconselhável recomendar que a criança revide?


DD:
De jeito nenhum! Essa ideia está colada ao sofrimento do adulto, mãe, pai, em sua dificuldade em suportar o sofrimento de seu filho, então é o adulto que precisa de apoio para acompanhar e ajudar adultamente as crianças a superarem as situações em que se sintam impotentes. As crianças, por sua vez, estão sempre nos mostrando como estão abertas ao momento seguinte.

SP: O que a situação repetitiva de bater e apanhar pode causar nas crianças? Quando esse comportamento é preocupante? Uma criança que bate será um adulto agressivo? A criança que apanha será um adulto submisso? Quando é a hora de procurar um psicólogo ou quando é a hora de mudar o filho de escola?


DD:
Um psicólogo pode ajudar quando os pais se sentem muito aflitos e inseguros diante da situação vivida pela criança. No caso, devem dizer a ela que é por seu interesse que será atendida, porque esperam que ela tenha oportunidade de conversar com alguém que trabalha com pessoas e com as relações entre elas, para que não sofra e viva melhor, mais feliz.

Também é bom dizer que, se não se interessar ou que se algo a incomodar, que diga, porque se não for bom para ela podem parar. Pode ocorrer de, ao levar a criança, pai e/ou mãe perceberem que quem está angustiado é ele ou ela, e que talvez seja melhor a psicoterapia para o adulto.