Oito anos depois de sua morte, Michael Jackson permanece na memória de fãs

Obra do artista permanece também batendo recordes e alcançando marcas importantes no mercado

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Com inovações e apresentações surpreendentes, Michael revolucionou o mundo pop (foto: Reprodução/Internet)

Pode até parecer que não faz tanto tempo, mas, há exatos oito anos, o mundo perdia Michael Jackson. A morte precoce em 2009, as polêmicas e as excentricidades nunca foram capazes de ofuscar o talento inegável e o carisma do astro norte-americano. Dos Jackson 5 à carreira solo, Michael produziu clássicos que influenciaram e mudaram o mundo do pop.

Seja para os fãs ou para o mercado, a obra de Michael continua bastante viva, inspirando e influenciando gerações, além de render ainda milhões de dólares. O álbum Thriller, de 1982, por exemplo, chegou, no início de 2017, à marca recorde de 33 milhões de cópias e se manteve como o disco mais vendido da história norte-americana.

Os números refletem a sensação de que, para os fãs, Michael jamais deixou de estar sobre a terra e que sua obra permanece com poder de surpreender e conquistar ainda mais aficionados. A impressão, para críticos e fãs, é de que, oito anos depois, ninguém foi capaz de assumir a coroa de rei do pop.

O auxiliar de cozinha Michael Luckas, 23 anos, é um dos que permanecem apaixonados pelo legado do músico norte-americano. Cover de Jackson nas horas vagas, ele conta que o interesse pela obra do cantor surgiu aos 8 anos. “Vi um colega de classe fazer o famoso moonwalk no meio de uma quadra de futsal em Sobradinho. Aquilo me chamou a atenção e procurei saber de onde vinha aquela magia de passo. Foi quando ele me ensinou e me explicou quem era Michael Jackson”, lembra.
 
A partir daí, o interesse pelo rei do pop se tornou cada vez maior até se tornar, de fato, uma paixão. As ações sociais feitas por Jackson em vida também influenciaram Luckas. “Muito do que sou hoje como pessoa foi influenciado por ele. Aprendi a compartilhar, a ajudar o próximo e a amar tudo que envolve a simplicidade do mundo”, acredita.



O dançarino Lucas da Gama, 19 anos, é outro que se inspirou no ídolo a ponto de querer representá-lo. Ele conta que conheceu a obra de Michael aos 10 anos, em 2008 (um ano antes da morte do ídolo), quando uma edição comemorativa de Thriller foi lançada. “Um amigo me indicou e fui escutar o disco. Quando ouvi Billie Jean, fiquei impressionado e quis saber mais. Ao assistir ao clipe de Thriller, foi paixão à primeira vista”, lembra o morador da Asa Sul.
 
Lucas conta que a dor pela partida do ídolo foi um dos fatores que o motivaram a querer se tornar também cover de Jackson. “Fiquei muito triste com a morte e, meses depois, vi um show antigo na tevê e sentia como se ele ainda estivesse aqui. Então pensei que precisava fazer alguma coisa para homenagear e manter a arte dele viva”, explica. As primeiras apresentações foram ainda aos 11 anos.

Filantropia
Foi a repercussão na mídia, quando o astro morreu, que fez com que a estudante Letícia Yonekura, 19 anos, se interessasse por Jackson. Como o assunto não saía da pauta da imprensa, ela, que mora em Vicente Pires, resolveu pesquisar mais. “Por incrível que pareça, meu interesse inicial — e o principal motivo pelo qual eu me tornei fã — não foi pelo artista, e sim pela pessoa. A sociedade em geral tem em mente uma imagem extremamente distorcida de Michael como ser humano”, acredita.

Além da dança, a filantropia e as ações sociais do ídolo são inspiração para a estudante, que garante ter aprendido muito com a influência de Michael. “Desde a paixão pela dança (quem nunca quis saber dançar aquelas coreografias, né?), o perfeccionismo em tudo que faz, a compaixão e solidariedade pelo próximo até a não acomodação, o esforço de sempre melhorar”, explica.    

Sem substituto

Desde a morte de Michael, alguém ocupou o lugar de rei do pop? Para os fãs, a resposta é quase unânime de que ninguém conseguirá chegar ao mesmo patamar de Jackson na música e no mundo pop. “Sempre surgirão novos artistas, muitos extremamente talentosos, mas é preciso muito mais que isso para usar essa coroa. Michael não era apenas um bom cantor que dançava bem, ele era um excepcional músico e dançarino e, além disso, revolucionou o ramo do entretenimento tão profundamente que suas influências reverberam fortemente até hoje!”, opina Letícia Yonekura.

Lucas da Gama concorda que é difícil acreditar que alguém poderá chegar a esse lugar. “A forma como ele se entregava à arte, à dança era muito pessoal, ele é único. Ele tirava tudo dele próprio, seria muito difícil alguém conseguir alcançar esse posto”, acredita. Michael Luckas é o único que aponta alguém com potencial para ter a mesma dimensão de Jackson. “Uma mulher (Beyoncé) é quem pra mim poderia ocupar esse lugar por ser criativa, inovadora...  Ela dirige sua produção, cria suas coreografias, abusa das tecnologias. Ela tem a mente do Jackson no corpo de uma mulher”, constata.

Em 3D
O icônico clipe de Thriller, em que Michael dança entre zumbis, vai ganhar versão em 3D. A informação foi revelada pelo diretor original da produção, o cineasta John Landis. As gravações estão sendo restauradas e editadas novamente.A ideia de usar 3D era vontade do próprio Michael, contou uma fonte envolvida na produção ao jornal New York Daily News. Os filhos mais velhos do músico, Paris e Prince, estão, segundo as informações, diretamente envolvidos no projeto.

Problemas na justiça
Apesar das ações filantrópicas e do sucesso, a carreira de MJ ficou marcada também por uma série de polêmicas e denúncias envolvendo problemas judiciais. Ele foi denunciado algumas vezes por assédio, pedofilia e abuso sexual. Em 2003, foi preso e pagou fiança de US$ 3 milhões. Em 2005, no entanto, ele foi julgado e inocentado de todas as acusações (10, no total). Além disso, ao morrer, Jackson deixou uma dívida de US$ 400 milhões. 

Curiosidades sobre Michael Jackson

Em 1987, ele apareceu de pele branca e nariz fino na capa de Bad. O vitiligo, doença que causa a perda da pigmentação da pele, sempre foi a justificativa dada pelo cantor

Uma das melhores amigas de Michael, a atriz Elizabeth Taylor foi quem o chamou de rei do pop pela primeira vez em uma premiação do American Music Awards em 1989

Em 1984, Michael se acidentou ao gravar um comercial da Pepsi e teve queimaduras no couro cabeludo. Ele recebeu US$ 1 milhão de indenização. Todo o dinheiro foi doado

As famosas luvas brilhantes usada pelo astro eram cravejadas de cristais. Em 2012, um exemplar único delas foi vendida por quase US$ 200 mil
 
A carreira de Michael Jackson em números
 
37
Semanas que o disco Thriller ficou na lista dos mais vendidos dos EUA

33 milhões
Número de cópias vendidas de Thriller, recorde americano

105 milhões
Estimativa de cópias vendidas do álbum Thriller no mundo todo

12
Quantidade de Grammys que Michael levou em uma única edição em 1984

23
Número de Grammys em toda a carreira do músico
 

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