Almir Sater, Renato Teixeira e Sérgio Reis trazem o show 'Tocando em frente' a BH

Clássicos da música sertaneja serão interpretados pelo trio 'parado e duro' neste sábado, 17, no BH Hall

por Walter Sebastião 16/12/2016 08:00

Gualter Naves/Lightpress/Divulgação
Sucessos como 'Chalana', 'Beijinho doce' e 'Cabecinha no ombro' estarão no show (foto: Gualter Naves/Lightpress/Divulgação)
Amanhã, Almir Sater, Renato Teixeira e Sérgio Reis trazem a BH o show Tocando em frente. “Tem umas luzes para ficar bonito, mas é como se fosse uma reunião doméstica para cantar para os amigos, com repertório simples e gostoso”, conta Sérgio Reis. Veio dele a sugestão de abrir a noite com Romaria, pois essa canção de Renato Teixeira faz a plateia se sentir em casa, explica.

O trio traz na bagagem novas canções, além dos sucessos Chalana, Beijinho doce, Cabecinha no ombro, Saudade danada e Tocando em frente. O show nasceu do fato de os três serem vizinhos na Serra da Cantareira, em São Paulo, onde costumam se reunir para tocar. “Formamos o trio parado e duro”, brinca Sérgio.

“Chegamos à conclusão de que o melhor para nós é trabalhar menos. Inclusive, vamos diminuindo o ritmo das carreiras solo para poder tocar juntos”, conta. “É um projeto feliz e gostoso, feito com muito carinho. A gente se sente como o garoto novo que está começando a vida artística, sem perder o sentimento da música sertaneja”, acrescenta.

O projeto do trio para 2017 é circular por todo o Brasil. Com relação à música, Sérgio Reis vai logo avisando: é cantor. “Foi o dom que Deus me deu, não sei fazer outra coisa.”Por isso, ele passou aperto devido ao AVC que sofreu em Belo Horizonte, em 2002, quando se viu obrigado a interromper a agenda de shows.

Reis fala com carinho dos parceiros de jornada. “Renato Teixeira é um poeta, um clássico. Basta ouvir Romaria, Tocando em frente e Amora. Depois, fico nervoso vendo Almir Sater tocar viola daquele jeito”, observa, com humor. “Só vendo ao vivo o que ele faz com várias violas.”

JESUÍTAS Para Sérgio Reis, a forte presença da música sertaneja no Brasil tem motivo. Primeiro, ela veio da viola, instrumento presente no país desde a chegada dos jesuítas. E recorda o recente encontro com um grupo de 40 violeiros: “Você tinha desde menino de 14 anos até uma senhora tocando. No Brasil, viola é tradição”, garante.

Por outro lado, contribui para o enraizamento popular da música sertaneja a dramaticidade das histórias, “o que toca profundamente as pessoas”, explica.

TOCANDO EM FRENTE

Com Almir Sater, Renato Teixeira e Sérgio Reis.

Amanhã, às 22h.

BH Hall, Avenida Nossa Senhora do Carmo, 230, Savassi, (31) 3209-8989.

Arquibancada/lote 4: R$ 250 (inteira) e R$ 125 (meia-entrada). Mesa setor 2: R$ 800. Mesa setor 1: R$ 1 mil. As mesas têm quatro lugares.

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