É muito fácil combinar coisas à primeira vista muito diferentes na internet. Um dos grandes exemplos desse experimento é o site britneyspears.ac. O site, que existe desde 2000, descreve-se como um "site de fã" da cantora, e reúne fotos, letras e links para outros sites relacionados a ela. A maior pérola do site, porém, não tem nada a ver com a carreira de Britney nos palcos. É o Guia da Britney para Física de semicondutores.

Essa sessão do site anuncia logo na entrada: "É um fato pouco conhecido, mas a senhorita Spears é uma expert na física de semicondutores. Não satisfeita em cantar e atuar, nas próximas páginas ela vai guiar você pelos fundamentos dos lasers semicondutores, que tornaram possível ouvir a super música dela em um fomato digital". O que se segue são vários capítulos dissecando conceitos da Física com diferentes graus de intervenção de Britney. Às vezes, ela apenas te observa estudar, em outros momentos serve até como plano de fundo para gráficos.

Infelizmente, o site só existe em inglês. Mas não deixa de ser engraçado, mesmo que você não tenha fluência no idioma e muito menos em Física, ver imagens como esta:

Ou esta:

O criador do site é Carl Hepburn, físico com pós-graduação na Universidade Essex, Inglaterra. Segundo a descrição do site, misturar Britney a Física foi uma jeito que ele encontrou de fazer o endereço "se destacar na multidão". E adiciona: "Eu espero que a Britney não se importe de ser uma promotora da ciência e que a parte de fã desse site promova todos os esforços futuros dela".

Uma celebridade inventora

 

 

O site aproveita para falar um pouco sobre a vida de uma celebridade que realmente entendia de Física, a atriz Hedy Lamarr (1914 - 1965). A diva de Hollywood estrelou o filme de 1949 Sansão e Dalila e protagonizou aquela que alguns consideram a primeira cena de orgasmo feminino do cinema no filme de 1933 Êxtase. Mas, longe das telas, ela fazia ainda mais. A atriz austríaca, de origem judaica, ajudou a desenvolver modos de os Exércitos  Aliados enviarem mensagem através do Atlântico sem serem interceptados pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial. Ela só foi reconhecida pela ideia aos 82 anos, quando recebeu um prêmio da entidade sem fins lucrativos Electronic Frontier Foundation. Existem elementos do invento nos telefones celulares modernos.