Adele lança o álbum '25', que chega às lojas já com recordes de vendas em single

Apesar de lançamento oficial nesta sexta, as 11 faixas do disco já estão rodando a internet nos últimos dias

20/11/2015 09:02
Sony Music/Divulgação
Adele fez no novo disco tudo o que se esperava de uma grande estrela (foto: Sony Music/Divulgação )
Trinta milhões de álbuns de um único álbum (21) que ainda hoje, quatro anos depois, continua tendo bons números de venda. É um peso enorme para uma cantora e compositora de 27 anos. Então, que ninguém espere de 25, novo álbum da inglesa Adele, algo muito diferente do trabalho que a fez a maior artista deste milênio – e a responsável por mostrar que a moribunda indústria fonográfica consegue ter poder de fogo.

Com lançamento oficial nesta sexta-feira – mas 11 faixas do disco estão rodando a internet nos últimos dias –, 25 chega cercado de expectativa. Não exatamente do que ele pode trazer, mas, principalmente, quanto irá vender. Isto porque seu primeiro single, Hello, lançado em 22 de outubro, bateu novos recordes: com as vendas de apenas um dia, tornou-se o single mais comercializado no mundo nos últimos 18 anos.

Diante disso, o que esperar de 25? Produção impecável, baladas chorosas – algumas com ênfase no piano, outras nas cordas – e a interpretação sempre arrebatadora de Adele, dona de um dos vozeirões mais potentes da atualidade. São características que cabem também em 21, os fãs vão concordar. Também a exemplo dos discos anteriores (19 foi o de estreia), a cantora nomeou o novo trabalho de acordo com a idade que tinha quando o gravou.

Os dois últimos anos foram movimentados para Adele. Houve o casamento e o nascimento do primeiro filho, Angelo. Um cotidiano nada animador, levando-se em consideração que as letras costumam ser bastante confessionais – sua música sempre versou sobre dores de amores. Dessa maneira, muitas canções têm um cunho nostálgico, versando sobre um passado que não volta mais. Uma outra leitura dá a entender que há uma dificuldade da cantora em chegar a outro estágio da vida.

Million years ago fala de arrependimentos e de velhos amigos, que hoje não poderiam olhá-la nos olhos, como se tivessem medo dela. Em When we were young, ela canta sua vida como se a visse passando num filme: “Meu Deus, isso me lembra de quando éramos jovens”. Os vocais são sempre acompanhados com uma instrumentação generosa, que caminha para atingir o máximo da emoção do público. Um dos destaques, River Lea, em que ela fala da própria infância, tem um tom mais próximo do gospel.

Mas Adele sabe ser pop por excelência. Sweetest devotion é uma das canções mais melodiosas do álbum, que traz referências de Burt Bacharach e até mesmo Enya. Uma faixa que pede diversas audições é Send my love (to your new lover), parceria com o produtor sueco Max Martin, que traz nas credenciais ...Baby onde more time, de Britney Spears. Começa quase acústica para crescer até um refrão delicioso, cheio de vocais.

A parceria com Martin foi mais bem realizada do que a tão falada reunião com Bruno Mars, que assina a balada All I ask. O tom melodramático remonta a um musical da Broadway, com uma interpretação (acompanhada de piano) para lá de derramada. Excessiva, ela logo enjoa os ouvidos.

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